Resumo
Objetivos:
Caracterizar as práticas utilizadas pelas enfermeiras obstetras em um Centro de Parto Normal (CPN) e verificar os desfechos maternos e neonatais.
Método:
Estudo transversal, documental, retrospectivo, com abordagem quantitativa. Analisaram-se prontuários de 300 parturientes que deram à luz em hospital estadual da cidade de São Paulo. Os critérios adotados para a análise das práticas obstétricas foram as categorias da Organização Mundial da Saúde (OMS). Utilizaram-se os testes exatos de Fisher ou razão de verossimilhança (Likelihood Ratio) e t-Student.
Resultados:
As enfermeiras obstetras utilizaram majoritariamente as práticas da categoria A da OMS. Não houve diferença estatisticamente significativa nas associações entre as práticas e os desfechos perineais. Houve diferença estatisticamente significativa entre o peso do recém-nascido e o número de intercorrências neonatais e entre as posições de parto das primíparas com a fratura de clavícula dos recém-nascidos.
Conclusão e Implicações para a prática:
As práticas baseadas em evidências são seguidas pelas enfermeiras obstetras no CPN analisado. Os desfechos maternos e neonatais mostraram-se adequados. Há necessidade de melhorar a assistência no segundo período do parto, evitando condutas que reflitam em intercorrências neonatais. O estudo possibilita a reflexão sobre a importância da avaliação continuada da assistência prestada.
Palavras-chave:
Assistência ao parto; Saúde da mulher; Parto Normal; Trabalho de Parto; Enfermeiras Obstétricas