Resumo
Objetivo
descrever as internações por efeitos do abuso de álcool e outras drogas e os fatores associados ao óbito.
Métodos
estudo transversal, observacional e retrospectivo, com dados secundários de 3.562 internações registradas no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de um hospital de ensino no noroeste do Paraná, por vigilância epidemiológica de busca ativa, entre os anos 2009 e 2018. Os dados foram tratados por análise univariada (teste do qui-quadrado de Pearson e teste exato de Fisher).
Resultados
houve predomínio do sexo masculino (89,6%), e a média de idade foi de 43,62 anos (±16 anos). A maioria das internações foi por eventos traumáticos e outras causas externas (52,1%) associadas ao uso/abuso de bebida alcoólica (85,8%). O tempo médio de internação foi de 34,6 dias; 6,0% evoluíram a óbitos. Houve a associação entre o risco para óbitos e doenças endócrinas/metabólicas, cardiovasculares, gastrintestinais e geniturinárias.
Conclusão
as internações com maior gravidade aumentam a incidência de óbitos, e a identificação dos fatores associados direcionou as intervenções para a redução de internações, minimizando as complicações e os óbitos.
Implicações para prática
este estudo serve como subsídio para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e estímulo para as ações de melhoria na rede assistencial aos usuários, fortalecendo e incrementando as políticas públicas.
Palavras-chaves:
Drogas Ilícitas; Hospitalização; Indicadores de Morbimortalidade; Monitoramento Epidemiológico; Morte