Resumo
Objetivo
analisar a associação entre as vivências em sexualidade com as variáveis biossociodemográficas e a qualidade de vida de pessoas idosas.
Métodos
estudo transversal, desenvolvido com 1.922 pessoas idosas brasileiras, cujos dados foram coletados por meio de web survey. Utilizaram-se três instrumentos para a obtenção dos dados biossociodemográficos, da sexualidade e da qualidade de vida. A análise foi realizada com os testes de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, correlação de Spearman e regressão linear multivariada, com método de entrada “inserir”, adotando Intervalo de Confiança de 95%.
Resultados
a avaliação geral da sexualidade esteve associada fortemente com estado civil (p<0,001); religião (p=0,001); não ter filhos (p<0,001); orientação sexual (p=0,008) e recebimento de orientações sobre sexualidade pelos profissionais de saúde (p=0,002). A sexualidade correlacionou-se de forma positiva e com diferentes magnitudes com todas as facetas de qualidade de vida (p<0,001). A análise de regressão demonstrou que todas as dimensões da sexualidade permaneceram associadas, positivamente, com qualidade de vida: ato sexual [β=0,154; IC95%=0,083-0,225; p<0,001]; relações afetivas [β=0,335; IC95%=0,263-0,407; p<0,001] e adversidades física e social [β=1,388; IC95%=1,206-1,571; p<0,001]. Conclusão e implicações para a prática: a sexualidade associou-se, significativamente, com algumas variáveis biossociodemográficas e esteve correlacionada, positivamente, com a qualidade de vida das pessoas idosas investigadas.
Palavras-chave:
Estratégia Saúde da Família; Qualidade de Vida; Saúde do Idoso; Sexo; Sexualidade