Resumo
Objetivo:
Analisar os aspectos epidemiológicos e clínicos envolvidos na transmissão e manifestação da esquistossomose em uma comunidade de pescadores de área endêmica de Alagoas.
Métodos:
Estudo epidemiológico, transversal, prospectivo, descritivo, quantitativo. O inquérito coproparasitólogico contemplou 275 unidades familiares de trabalhadores da pesca e o epidemiológico e clínico, àqueles com diagnóstico positivo para S. mansoni.
Resultados:
A prevalência da esquistossomose foi 13,9% (pescadores), 2,1% (marisqueiras) e 2,1% (familiares). A ocorrência da infecção variou conforme gênero, idade, etnia e condição socioeconômica. A exposição ocorreu próxima ao domicílio. Observou-se autoctonia e predominância de carga parasitária baixa, apresentação clínica intestinal, dor abdominal e diarreia. Não ocorreram alterações nutricionais e pressóricas associadas à parasitose. Houve receio na adesão à terapêutica medicamentosa e ao uso do fármaco esquistossomicida.
Conclusão:
Os trabalhadores da pesca apresentam alto risco para contrair a doença com manifestação clínica hepatointestinal, o que requer ações de saúde mais fortalecidas.
Palavras-chave:
Esquistossomose; Epidemiologia; Populações vulneráveis