RESUMO
Objetivo:
Este trabalho teve como finalidade compreender, tendo por base a Teoria da Incerteza na doença de Mishel e a Teoria das Transições de Meleis, o modo como a incerteza na doença e o imprevisto mediam o processo de comunicação enfermeiro-família e se traduzem na experiência vivida da família.
Método:
Considerando a intencionalidade da pesquisa, enquadra-se num paradigma qualitativo e numa abordagem fenomenológica, de acordo com Van Manen. Os participantes foram referenciados em “bola de neve” e a recolha de dados foi realizada por entrevista com questões abertas.
Resultados:
Na análise dos dados, identificaram-se três temas essenciais: Os antecedentes da incerteza: condição inerente ao sujeito; O processo de apreciação da incerteza: capacidades e oportunidades; O modo de lidar com a incerteza: estratégias de coping.
Conclusão e implicações para a prática:
Constatou-se que a pessoa, membro da família que vive a incerteza, tem condições pessoais que influenciam o processo de apreciação e lidar com a incerteza. A comunicação que estabelece com os enfermeiros, nomeadamente na procura de informação, será mediada pela vivência da incerteza, num imprevisto constante. A adaptação que deseja e procura decorre das estratégias de coping desenvolvidas também com os enfermeiros, considerando a incerteza um perigo ou uma oportunidade.
Palavras-chave:
Família; Incerteza; Cuidado Transicional; Assistência Centrada no Paciente