Resumo
Objetivo
analisar, na percepção de enfermeiros docentes, os efeitos do ensino remoto decorrente da pandemia de Covid-19 na sua vida.
Método
estudo descritivo e qualitativo, realizado em um Centro Universitário de Teresina-PI, em outubro de 2020. Participaram da pesquisa 13 enfermeiros docentes. A coleta de dados ocorreu mediante entrevistas individuais, guiadas por um roteiro semiestruturado. Posteriormente, procedeu-se à análise temática de conteúdo.
Resultados
os participantes relataram que o ensino remoto gerou mudanças na rotina, com a necessidade de adequação das aulas para o ambiente virtual e rearranjos domésticos. Esses aspectos foram maximizados pela falta de domínio sobre as ferramentas digitais, o que aumentou as demandas de trabalho. Algumas vezes eles sentiram-se angustiados, tristes, culpados e sozinhos devido aos entraves para estabelecer relações com os alunos. A sobrecarga laboral contribuiu para o adoecimento físico e emocional dos enfermeiros docentes, que referiram estresse, cansaço, dificuldades para dormir, problemas de circulação sanguínea e de alimentação e danos visuais.
Considerações finais e implicações para a prática
o ensino remoto tem produzido demandas elevadas, que exacerbam situações de risco para adoecimento dos participantes; portanto, estratégias devem ser pensadas com foco na ressignificação do trabalho docente, uma temática ainda incipiente nas investigações.
Palavras-chave:
Docentes de Enfermagem; Educação em Enfermagem; Infecções por Coronavírus; Saúde do Trabalhador; Tecnologia Educacional