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Demandas e utilização de serviços de saúde entre imigrantes de uma região metropolitana do nordeste do Brasil

Demandas y uso de servicios de salud entre inmigrantes de uma región metropolitana del noreste de Brasil

Resumo

Objetivo

analisar as demandas e a utilização dos serviços de saúde por imigrantes na Região Metropolitana de Aracaju, Sergipe.

Método

recrutaram-se, pelo método bola de neve, 186 imigrantes, alocados em clusters relacionados à renda per capita do país de origem e países da América Latina ou não. Utilizou-se questionário auto aplicado sobre as condições e práticas de saúde.

Resultados

imigrantes de países com renda baixa e média baixa (IMB) são mais jovens, com menor tempo de permanência no Brasil, possuem ensino fundamental/médio, exercem atividade laboral sem carteira de trabalho assinada e renda de até um salário mínimo (p<0,05). Imigrantes da América Latina (IAL) possuem aproximadamente duas vezes mais chances de ter alguma doença crônica não transmissível (DCNT), comparados aos imigrantes de outros países (IOP). A idade e o tempo de permanência no Brasil influenciam na autoavaliação da saúde, na busca por serviços de saúde e ter alguma DCNT (p<0,05). O Sistema Único de Saúde foi o mais buscado tanto na chegada ao Brasil quanto nos últimos 12 meses, principalmente pelos IMB e IAL (p<0,05).

Conclusão e implicações para a prática

observaram-se diferenças dentro dos subgrupos de imigrantes, principalmente em termos de padrões de utilização, ressaltando a importância da competência transcultural na assistência.

Palavras-chave:
Acesso aos Serviços de Saúde; Competência Transcultural; Condições de Saúde; Doenças Crônicas não Transmissíveis; Imigração

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