Acessibilidade / Reportar erro

EU NÃO ACHO QUE DEVEMOS "COMBATER" AS EDITORAS PREDATÓRIAS: UMA ENTREVISTA COM JEFFREY BEALL

RESUMO

A Lista de Beall foi desativada em janeiro de 2017. Ela indicava potenciais editoras predatórias, que publicavam artigos de acesso aberto, não revisados por pares, visando o lucro. Isso leva a uma poluição do corpo de textos científicos por conta de informações pseudocientíficas não revisadas, o que é danoso para a ciência como um todo. Nesta entrevista, Beall discute alguns aspectos e impactos da publicação predatória, bem como o dilema da pesquisa de acesso aberto e o que diferentes entidades podem fazer para diminuir a influência das revistas predatórias.

Palavras-chave:
Lista de Beall; Editoras predatórias; Acesso aberto; Ciência aberta

ABSTRACT

Beall’s List was discontinued in January 2017. It catalogued potential predatory publishers, known for publishing non-peer-reviewed open access articles with profit reasons. This leads to a pollution of the academic record with poorly reviewed pseudo-scientific data, which is harmful for science in general. In this interview, Beall discusses some aspects and impacts of predatory publishing, as well as the dilemma of open-access research and what different entities can do to diminish the influence of predatory journals.

Keywords:
Beall’s list; Predatory publishers; Open access; Open Science

Apresentação

Jeffrey Beall possui um mestrado em Biblioteconomia pela Universidade da Carolina do Norte, um mestrado em Inglês pela Universidade Estadual de Oklahoma, e um bacharelado em Espanhol pela Universidade Estadual da Califórnia. Ele trabalhou como bibliotecário e professor associado na Biblioteca Auraria no campus do centro de Denver da Universidade do Colorado Denver, e como bibliotecário na Biblioteca Widener da Universidade Harvard. Beall é reconhecido por sua lista de editoras e periódicos “Beall's List”, que apontava editoras que potencialmente praticavam práticas predatórias e antiéticas. Sua lista foi publicada em seu blog, chamado Scholarly Open Access, que foi desativado em janeiro de 2017. Em suas obras publicadas, Beall defende o modelo de publicação por assinatura e critica o modelo de acesso aberto ouro (onde o autor paga), fornecendo sugestões e diretrizes para lidar com periódicos predatórios e práticas de acesso aberto na publicação acadêmica.

Nesta entrevista com Jeffrey Beall (JB), vários tópicos-chave relacionados à publicação acadêmica e periódicos predatórios são discutidos. JB argumenta que as plataformas de acesso aberto precisam melhorar seu alcance e visibilidade. A entrevista então aprofunda o conceito de editores predatórios e seu impacto na comunidade acadêmica. A conversa continua com uma reflexão sobre o papel em evolução da publicação de acesso aberto, os desafios enfrentados pelos periódicos platinum e a importância de eliminar taxas para os autores.

JB discute os esforços coletivos em campos acadêmicos específicos para combater periódicos predatórios e compartilha suas razões para descontinuar sua conhecida "Lista de Beall" de editores predatórios em 2017. Ele reconhece a pressão de várias entidades, mas enfatiza que o objetivo principal deve ser desencorajar os pesquisadores a submeterem trabalhos a periódicos predatórios. A entrevista também aborda a existência de outras listas de publicações predatórias, os papéis de indivíduos, organizações e governos no combate aos editores predatórios e a necessidade de melhorias nas políticas de avaliação do corpo docente em relação às suas publicações.

Entrevistadores: Muito obrigado por concordar em participar desta entrevista, Sr. Beall. Antes de começarmos com perguntas mais específicas, gostaríamos de abordar uma postagem de 2015 em seu blog com o título: 'A SciELO é uma favela de publicações?' 1 1 Título original: Is SciELO a publication favela? Essa postagem causou um debate acalorado não apenas no Brasil - houve algumas cartas abertas contra ela - mas também um debate acalorado na postagem original em seu blog que acabou por desviar o foco dos principais pontos que você relatou. O uso de 'favela', um termo pejorativo que tem sido evitado nos últimos anos, possivelmente contribuiu para a grande controvérsia. Primeiro, em quais aspectos você baseou sua avaliação, ou seja, na qualidade das publicações dentro da SciELO? E, segundo, você ainda vê iniciativas locais como a SciELO, a Redalyc e a Operas 2 2 Disponível em: https://operas.hypotheses.org/ para promover a ciência aberta não tendo o impacto que deveriam?

JB: Eu usei uma metáfora para descrever como os artigos publicados em periódicos hospedados na plataforma SciELO são essencialmente isolados, sem perceber que a palavra 'favela' é, aparentemente, um termo tabu e um tópico muito sensível no Brasil. Nos Estados Unidos, termos como 'gueto' e 'favela' são comumente usados de forma figurativa. Existem muitos artigos de alta qualidade nos periódicos da SciELO, mas eles estão essencialmente ocultos porque a plataforma carece de recursos de valor agregado, como os usados pelas grandes editoras. As editoras de sucesso têm ferramentas disponíveis para compartilhar e promover amplamente o conteúdo em suas plataformas. Por ser de acesso aberto, a plataforma tem seu mérito, mas isso é apenas uma pequena parte do processo de publicação acadêmica de alta qualidade. As plataformas de publicação precisam tornar os artigos salientes, acessíveis e legíveis em um ambiente de comunicação acadêmica cada vez mais competitivo. Fingir que as favelas não existem e fingir que todo acesso aberto é igual não resolverá nenhum problema. Eu não sei muito sobre a Operas, mas sou suspeito e cético em relação a qualquer iniciativa governamental que tente resolver problemas no campo da publicação acadêmica, especialmente uma originária da União Europeia. A SciELO e a Redalyc precisam ser mais do que apenas sites que arquivam artigos de acesso aberto.

Entrevistadores: Você poderia elaborar em poucas linhas o que são editoras predatórias e qual é o impacto delas na comunidade científica acadêmica?

JB: Editoras predatórias são editoras acadêmicas de acesso aberto que exploram de forma antiética o modelo de acesso aberto para seu próprio lucro. Elas usam a enganação, não são transparentes e não seguem os padrões da indústria de publicação acadêmica. Seus impactos são negativos, incluindo:

a. A publicação de pseudo-ciência, poluindo o arcabouço científico.

b. Permitir que acadêmicos recebam crédito acadêmico não merecido (ou seja, publicações em periódicos acadêmicos) a partir de artigos publicados em periódicos predatórios (estudantes em busca de diplomas, professores acadêmicos em busca de promoção, formandos em busca de empregos na indústria e governo).

c. O aumento no número de periódicos e a redução dos padrões de aceitação que a competição entre periódicos cria, resultando no aumento no número de artigos publicados, enchendo bancos de dados com artigos de qualidade insuficiente e tornando mais difícil para periódicos legítimos encontrar pesquisadores qualificados dispostos a realizar revisões por pares.

d. A imposição de taxas para autores, incluindo taxas de retratação, que são inacessíveis para muitos pesquisadores, especialmente aqueles que desejam publicar em periódicos de alto prestígio, fazendo com que menos financiamento de pesquisa seja usado para pesquisa e mais para pagar taxas de publicação.

e. O perigo que pesquisas mal revisadas e não revisadas por pares representam para a sociedade: a pesquisa médica informa a prática clínica, a pesquisa em engenharia informa o projeto e construção de barragens e pontes, e a engenharia aeroespacial informa o projeto de aeronaves. Pesquisas publicadas nessas e em todas as outras áreas precisam ser controladas quanto à qualidade e cuidadosamente revisadas, ou erros graves ocorrerão em clínicas, barragens e aviões.

Entrevistadores: Em outras áreas no Brasil, especialmente na área de saúde, o conhecimento sobre periódicos predatórios parece estar mais consolidado, com algumas publicações sobre o tema (por exemplo, Barreto Segundo, 2019). No entanto, em muitas outras áreas - por exemplo as áreas de linguística e literatura, nosso foco - isso parece não ser o caso. Quais são os riscos e consequências para estudantes de pós-graduação e pesquisadores iniciantes que publicam nesses periódicos sem compreender o que eles representam?

JB: Durante o período em que publiquei minhas listas (2012-2017), recebi regularmente e-mails de jovens pesquisadores que haviam publicado por engano em periódicos predatórios. Muitas vezes, eles tentavam retirar os artigos do periódico. Poucos obtinham sucesso, e frequentemente o editor exigia uma taxa para remover o artigo. Tendo me comunicado com muitos que se encontraram nessa situação, aprendi que comitês universitários e outros costumam ser compreensivos com um jovem pesquisador que comete um erro único ao publicar em um periódico predatório. Por outro lado, um padrão de publicar vários ou numerosos artigos ao longo do tempo em periódicos predatórios de aceite garantido e pagamento para publicação é quase universalmente visto como corrupto.

Entrevistadores: Em um artigo para a Nature ( Beall, 2012 BEALL J. Predatory publishers are corrupting open access. Nature, v. 489, n. 179, 2012. Disponível em: https://www.nature.com/articles/489179a. Acesso em: 26 jul. 2023.
https://www.nature.com/articles/489179a...
), em 2012, você começou falando sobre a possibilidade positiva da publicação de acesso aberto, que se tornou negativa com o surgimento de editoras predatórias. Em 2021, em um artigo de opinião (Beall, 2021), você elogiou os periódicos comunitários. Considerando a atual tendência da Ciência Aberta por diferentes organizações, você vê a publicação de acesso aberto desempenhando um papel diferente nos dias de hoje?

JB: Eu acredito que continuaremos a ver tanto periódicos de acesso aberto quanto periódicos de assinatura tradicional. Os periódicos de acesso aberto serão do tipo gold (onde o autor paga) e platinum (gratuito para o autor). É irrealista pensar que toda a publicação acadêmica se converterá em acesso aberto. Precisamos eliminar os pagamentos dos autores para as editoras e o conflito de interesses que acompanha essa troca de dinheiro. O desafio é que os periódicos platinum muitas vezes operam com orçamentos apertados, são hospedados em plataformas enxutas e não podem arcar com despesas como revisão de texto. A publicação acadêmica de alta qualidade não é barata, mas a maioria das editoras de acesso aberto gera receita insuficiente para manter periódicos de alta qualidade.

Entrevistadores: Neste mesmo artigo para a Nature ( Beall, 2012 BEALL J. Predatory publishers are corrupting open access. Nature, v. 489, n. 179, 2012. Disponível em: https://www.nature.com/articles/489179a. Acesso em: 26 jul. 2023.
https://www.nature.com/articles/489179a...
), você escreveu que "A comunidade que realiza pesquisa precisa usar redes acadêmicas de compartilhamento de informações, como o Connotea e o Mendeley, para identificar e compartilhar informações sobre editoras que enganam, carecem de transparência ou não seguem os padrões da indústria". Onze anos depois, você vê algum desenvolvimento nos esforços coletivos para combater periódicos predatórios dentro da comunidade científica?

JB: Agora vejo a maioria do trabalho sendo feito dentro de campos de estudo individuais. Por exemplo, a comunidade acadêmica da área da enfermagem publicou artigos de pesquisa, editoriais e outros artigos sobre editoras predatórias, descrevendo o problema e alertando colegas, especialmente pesquisadores emergentes, para evitar serem vítimas de editoras maliciosas. Trabalhos semelhantes estão sendo realizados em outros campos individuais, como dermatologia.

Entrevistadores: Em 2017, a lista de Beall foi retirada do ar. Você se importaria de compartilhar conosco as razões para isso e o impacto que teve na comunidade acadêmica?

JB: Eu não me senti seguro continuando. Além disso, senti que tinha perdido o apoio da minha universidade. Não tenho conhecimento de qualquer impacto que o fato de eu ter interrompido as listas tenha tido.

Entrevistadores: Houve pressão de diferentes entidades para retirar a lista do ar? E você teve que lidar com essa pressão posteriormente?

JB: Sim, uma coisa que aprendi é que, se você faz algo que afeta a receita de uma pessoa ou organização, eles fazem tudo o que podem para silenciá-lo. Estou aposentado há mais de cinco anos agora e não sinto mais essa pressão.

Entrevistadores: Você tem conhecimento de outras listas de publicação predatória, como Cabells 3 3 Disponível em: https://noaa.cabells.com e Dolos (desativada)? Você tem uma opinião sobre elas?

JB: Sim, estou ciente de ambos os sites. Acredito que eles são úteis e valiosos.

Entrevistadores: Com base em sua experiência, quais papéis podem desempenhar indivíduos, organizações e o governo para combater as editoras predatórias?

JB: Eu não acho que devemos "combater" as editoras predatórias. Precisamos parar de enviar artigos para elas. Foi por isso que criei as listas - para alertar as pessoas sobre editoras que devem ser evitadas. Agora, sei que muitos pesquisadores têm enviado manuscritos intencionalmente para essas editoras para se beneficiar da aceitação fácil que elas vendem. Minha compreensão é que essa prática está aumentando, infelizmente. As instituições acadêmicas precisam melhorar suas políticas e procedimentos de avaliação de docentes para lidar com esse problema. Contar apenas o número de artigos publicados não é um método de avaliação válido.

Entrevistadores: Você notou ou ouviu falar de ações recentes eficazes na luta contra periódicos predatórios?

JB: Não.

Entrevistadores: Nem mesmo algum progresso naquilo que você denominou "letramento editorial acadêmico"? Até certo ponto, o tema tem sido mais discutido recentemente.

JB: Na verdade, acho que o termo que usei foi "letramento em publicação acadêmica". Isso se relaciona com o meu trabalho como bibliotecário acadêmico. Nos círculos de bibliotecas acadêmicas, houve muita discussão sobre "literacia da informação" e o papel das bibliotecas acadêmicas em ensiná-la a estudantes universitários. É basicamente outro termo para habilidades de pesquisa. Eu construí sobre esse termo e discuti a literacia em publicação acadêmica no contexto de editoras predatórias e a necessidade de identificá-las e evitá-las.

Entrevistadores: Piotr Trzesniak, da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC), acredita que é impossível se livrar das editoras predatórias, e a comunidade científica precisa aprender a conviver com elas. Você concorda com essa visão do problema?

JB: Concordo que é impossível se livrar delas, sim. As instituições acadêmicas e as organizações de financiamento de pesquisa precisam deixar de conceder crédito acadêmico para publicações em periódicos predatórios e precisam parar de subsidiar pagamentos a esses periódicos.

Entrevistadores: Considerando o contexto latino-americano de periódicos que tradicionalmente publicam artigos de acesso aberto, você acha que existem boas práticas que os pesquisadores, professores e editores devem desenvolver para comunicar os impactos de periódicos predatórios na América Latina e no mundo?

JB: Eu acredito que esse trabalho já está sendo feito. Se você pesquisar frases como "revistas acadêmicas predatórias" ou "revistas predatórias" e os termos correspondentes em espanhol (ou substituir a palavra "revistas" por "editoras") no Google e Google Acadêmico, encontrará artigos e outros trabalhos mostrando que muito já foi feito na América Latina para enfrentar o problema das editoras predatórias e que os pesquisadores na América Latina estão cientes do problema e compartilham efetivamente informações e conselhos úteis sobre isso.

Entrevistadores: Finalmente, a comunidade científica tem enfrentado novos desafios com o ChatGPT e as possibilidades de chatbots alimentados por Inteligência Artificial. Como você vê os riscos e implicações desses recursos na publicação científica, especialmente em relação a periódicos predatórios e plágio?

JB: Eu acredito que essa nova tecnologia aumentará a ocorrência de plágio em artigos acadêmicos, tanto em periódicos legítimos quanto em periódicos predatórios, infelizmente.

Entrevistadores: Há alguma pergunta que não fizemos ou algo mais que você acha que os leitores podem se beneficiar em saber?

JB: Acho interessante que a publicação predatória tenha essencialmente se tornado um campo de estudo em si. Existem livros sendo publicados sobre esse tema, além de centenas de artigos de revistas e apresentações em conferências. As editoras predatórias abriram a porta para outras formas de práticas antiéticas relacionadas à publicação acadêmica, incluindo o significativo problema das fábricas de artigos, empresas corruptas que escrevem artigos autênticos para pesquisadores mediante pagamento. A ciência e as humanidades estão entre os empreendimentos intelectuais mais importantes da humanidade e devem ser protegidos de todas as formas de práticas de publicação antiéticas.

Entrevistadores: Muito obrigado pela entrevista, Jeffrey.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao Dr. Piotr Trzesniak (ABEC) pela colaboração na elaboração do roteiro da entrevista.

Esta entrevista foi conduzida por e-mail entre os meses de agosto e setembro de 2023, originalmente em inglês e traduzida por Rafael Zaccaron e Vítor P. Behnck.

REFERÊNCIAS

  • BARRETO SEGUNDO J. D. Práticas predatórias e anticientíficas em publicação científica. Revista Pesquisa Fisioteraía, Salvador, v. 9, n. 3. p. 298-300, 2019. Disponível em: https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/2500 Acesso em: 05 jul. 2023.
    » https://www5.bahiana.edu.br/index.php/fisioterapia/article/view/2500
  • BEALL J. Predatory publishers are corrupting open access. Nature, v. 489, n. 179, 2012. Disponível em: https://www.nature.com/articles/489179a Acesso em: 26 jul. 2023.
    » https://www.nature.com/articles/489179a
  • BEALL, J. Open access, research communities, and a defense against predatory journals. Central Asian Journal of Medical Hypotheses and Ethics, v. 2, n. 1, p. 14-17, 2021. Disponível em: https://cajmhe.com/index.php/journal/article/view/39 Acesso em: 07 jul. 2023.
    » https://cajmhe.com/index.php/journal/article/view/39
  • PUBLISHER

    Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação. Publicação no Portal de Periódicos UFSC. As ideias expressadas neste artigo são de responsabilidade de seus autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores ou da universidade.
  • Entrevista realizada online em Ago/Set de 2023

EDITORES

Edgar Bisset Alvarez, Ana Clara Cândido, Patrícia Neubert, Genilson Geraldo, Jônatas Edison da Silva, Mayara Madeira Trevisol.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Abr 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    03 Jan 2021
  • Aceito
    13 Jan 2024
  • Publicado
    23 Fev 2024
Creative Common - by 4.0
Os autores cedem à Encontros Bibli os direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution (CC BY) 4.0 International. Estra licença permite que terceiros remixem, adaptem e criem a partir do trabalho publicado, atribuindo o devido crédito de autoria e publicação inicial neste periódico. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional, em site pessoal, publicar uma tradução, ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial neste periódico.
Universidade Federal de Santa Catarina Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima - Trindade. CEP-88040-900, Telefone: +55 (48) 3721-2237 - Florianópolis - SC - Brazil
E-mail: encontrosbibli@contato.ufsc.br