Apesar de arrecadar um montante de tributos equivalente a cerca de 37% do PIB e gastar mais da metade desta receita em programas sociais, o governo brasileiro não tem sido capaz de aliviar significativamente o problema da desigualdade e da pobreza. Alguns estudos têm mostrado evidência de que esta situação é, em grande parte, devida à inadequada focalização dos gastos públicos. Entretanto, o impacto distributivo do financiamento desses gastos tem recebido menos atenção. O presente trabalho investiga o impacto conjunto dos tributos e transferências monetárias governamentais sobre a distribuição de renda entre os domicílios brasileiros e compara o Brasil com alguns outros países com carga tributária semelhante.
tributos; benefícios sociais; microssimulação; redistribuição; desigualdade; pobreza