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Adensamento produtivo e esgarçamento do tecido industrial brasileiro* * Os autores agradecem os pareceristas e editores da Economia e Sociedade pelas melhorias sugeridas, assim como os membros do Núcleo de Economia Regional e Urbana da USP (NEREUS) e do Grupo de Estudos em Economia Industrial (GEEIN) da Unesp. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

Productive densification and hollowing-out process in Brazilian manufacturing

Resumo

A industrialização brasileira por substituição de importações proporcionou níveis elevados de adensamento produtivo, contudo, esses níveis reduziram-se após a abertura comercial. Porém, os estudos existentes utilizaram desagregação setorial que não permite identificar nichos produtivos adensados ou esgarçados dentre dos setores manufatureiros. Este trabalho mapeou e analisou, pela primeira vez para o Brasil, o grau de adensamento produtivo de todas as 258 classes industriais a partir de dados inéditos obtidos do IBGE. Assim, o estudo identificou os nichos mais e menos adensados, possíveis alvos das políticas públicas. Resultados relevam que as classes de baixa e média-baixa tecnologia continuam predominantemente adensadas, porém, metade das classes industriais de alta e média-alta tecnologia possui esgarçamento produtivo moderado a elevado, sendo algumas classes tecnológicas já maquiladoras. Conclui-se que o esgarçamento das classes industriais mais tecnológicas pode retardar o desenvolvimento brasileiro, sobretudo quanto à Ciência, Tecnologia e Inovação.

Palavras-chave:
Adensamento produtivo; Desenvolvimento industrial; Insumos intermediários; Desindustrialização; Indústria maquiladora

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