Resumo
O texto1 1 Este artigo foi baseado no segundo capítulo da tese de doutorado do autor (Mello Filho, 2016), defendida no Cedeplar/UFMG, em 2016. A tese foi beneficiada pelos comentários de Carlos Eduardo Suprinyak, Eduardo da Motta e Albuquerque, Eleutério Prado, David Dequech e pela orientação de Hugo Eduardo Araujo da Gama Cerqueira. O trabalho também foi beneficiado pelos comentários de pareceristas anônimos. Nenhum dos citados possui responsabilidade pelos equívocos presentes no artigo. busca compreender as origens e as transformações da escola das estruturas sociais de acumulação (EESA), tendo como foco as modificações do seu conceito principal, que dá nome à abordagem. A EESA é uma das mais importantes vertentes da economia política radical americana, que se desenvolveu a partir da década de 1960 procurando explicações para o racismo, o sexismo, o imperialismo, as ondas longas do capitalismo, entre outras questões. O conceito de estrutura social de acumulação foi elaborado, a partir de meados da década de 1970, para criar um nível intermediário de análise entre uma teoria abstrata e geral do capitalismo e o seu âmbito histórico e empírico. Ao longo da evolução histórica da EESA, essa se afastou de considerações teóricas acerca das características fundamentais do capitalismo e acabou adotando posições pré-teóricas acerca dessas características. Por isso, os pesquisadores ligados à escola tiveram que reformular seu conceito central recentemente.
Palavras-chave:
Escola das estruturas sociais de acumulação; Economia radical americana; Ondas longas