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Variedades de intervencionismo estatal em política financeira após a crise global de 2008

Resumo

Graças às lições aprendidas e às reformas implementadas após as crises financeiras do final dos anos 1990, muitas economias emergentes se mostraram relativamente resilientes na crise global de 2008. Para enfrentar a turbulência originada, foram revistas políticas para os mercados cambiais e controles de capitais. A literatura sobre os sistemas financeiros da América Latina e sobre as reformas dos bancos centrais enfatiza o papel de atores e pressões internacionais sobre o policymaking. O trabalho argumenta que questões domésticas foram determinantes da política financeira após a crise de 2008, mesmo em países como Argentina, Brasil e México, com distintos arranjos institucionais e trajetórias macroeconômicas. Por meio de uma análise de estudo de caso comparativo, conclui-se que as políticas cambial e de controle de capitais dos três países não se alinham com uma visão internacional dominante e tampouco convergem com a posição do FMI sobre câmbio e a gestão dos fluxos de capital. Na busca por maior autonomia e atendendo às prioridades políticas domésticas, cada um dos três países adotou medidas distintas.

Palavras-chave:
Política financeira; Integração financeira; Economias emergentes; Economias latino-americanas

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