Resumo
Visando compreender os motivos que levaram certas localidades a enfrentar mais/menos dificuldades no combate à COVID-19, estimou-se o efeito de determinadas características municipais sobre as principais estatísticas desta doença. Para tanto, consideraram-se dados cross-section (com casos/óbitos acumulados até 21 de abril/2021), sobre os municípios de Minas Gerais, e usaram-se os estimadores de Mínimos Quadrados Ordinários, Poisson e Binominal Negativo, além da técnica Extreme Bounds Analysis. Verificou-se que cidades pequenas, com mais unidades básicas de saúde e populações mais jovens, teriam menos casos/óbitos. Alternativamente, locais quentes, poluídos, tipicamente urbanos, desiguais, com maior atividade econômica e circulação de empregados, seriam mais problemáticos. A incidência e mortalidade aumentariam em municípios quentes, com maior atividade econômica e histórico de comorbidades. Todavia, a mortalidade diminuiria entre os mais educados e jovens. Ademais, a letalidade seria menor entre os jovens e em cidades com até 150 mil habitantes e poucas chuvas.
Palavras-chave:
COVID-19; Políticas Regionais; Determinantes socioeconômicos