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Quarenta anos de Escola Francesa da Regulação: entre o marxismo e o institucionalismo histórico* * O presente artigo foi baseado no terceiro capítulo da tese de doutorado do autor (Mello Filho, 2016), defendida no Cedeplar/UFMG em 2016. A tese foi beneficiada pelos comentários de Carlos Eduardo Suprinyak, Eduardo da Motta e Albuquerque, Eleutério Prado, David Dequech e pela orientação de Hugo Eduardo Araujo da Gama Cerqueira. O trabalho também foi beneficiado pelos comentários do parecerista anônimo. Nenhum dos citados possui responsabilidade pelos equívocos presentes no artigo.

Forty years of the French regulation school: alternating between marxism and historical institutionalism

Resumo

A escola francesa da regulação se originou em meados da década de 1970, tendo como objetivo principal desenvolver e atualizar a análise de Marx do modo de produção capitalista para compreender as transformações econômicas do século XX. Essa é a origem dos conceitos de regime de acumulação, modo de regulação, formas institucionais e fordismo. A partir da década de 1980, a abordagem tornou-se menos próxima do marxismo e mais preocupada em elaborar uma economia histórica e institucional. As décadas de 1980 e 1990 foram vistas como um período de continuidade da crise do fordismo. Foi somente a partir do ano 2000 que os autores regulacionistas vislumbraram a possibilidade de existência de um regime de acumulação liderado pelas finanças, que teria entrado em crise em 2008. A dificuldade de compreender o capitalismo posterior ao fordismo está associada a uma visão teórica inadequada acerca das características básicas do modo de produção.

Palavras-chave:
Escola francesa da regulação; Capitalismo contemporâneo; Institucionalismo histórico

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