O presente artigo tem como objetivo analisar a centralidade das políticas sociais na estratégia de desenvolvimento britânica no governo do Novo Trabalhismo. Pretende-se mostrar que a concepção de solidariedade e coesão social que marcaram a formação do Welfare State britânico no Pós-II Guerra Mundial foi substituída por uma visão em que as políticas sociais estariam voltadas para o aumento da competitividade e expansão dos mercados, fato este que redefiniu o sistema de proteção social britânico nos moldes do Welfare to Work. Neste sentido, buscar-se-á mostrar a ausência de conexão entre o discurso centrado na exclusividade do mercado de trabalho como lócus do bem-estar social e as evidências empíricas concretamente verificadas.
Desenvolvimento; Política social; Mercado de trabalho; Reino Unido; Novo Trabalhismo