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A economia de Sistemas Agroflorestas na Amazônia: uma trajetória crítica para o desenvolvimento sustentável (1995-2017)

Resumo

O artigo traz uma análise extensa e aprofundada da economia dos Sistemas Agroflorestais na Amazônia usando dados do censo agropecuário (1995, 2006 e 2017) e resultados de diferentes estudos primários. Descrevendo a evolução da região como um todo e dos principais territórios camponeses na Região Norte, destaca a competição das variantes tecnológicas e o seu resultado para cada território e campesinato, discutindo os fundamentos da variação do rendimento, tanto a nível micro como macro, particularmente a produtividade física e os termos comerciais. Os principais resultados destacam o crescimento sistemático da economia de SAFs durante duas décadas, com aumento do rendimento líquido do trabalho e da produtividade na primeira e rendimento constante do trabalho e diminuição da produtividade na segunda. Ao garantir maior rendimento líquido do trabalho familiar, a variante SAFs-A tornou-se a mais importante, afirmando-se, com diferentes formatos, em todos os territórios. A eficiência económica varia entre territórios de acordo com o domínio das variantes tecnológicas: crescendo continuamente onde os SAF-A prevalecem e estagnando, ou diminuindo num período recente, onde os SAF-F dominam. Estas são questões estratégica de política, que sugerem dotar urgentemente a economia dos sistemas agroflorestais de um ambiente institucional ajustado às suas singularidades.

Palavras-chave
Dinâmica agrária na Amazônia; Sistemas Agroflorestais na Região Amazônica; Economia Camponesa na Amazônia Brasileira

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