Resumo
O artigo trata das manifestações da financeirização no âmbito internacional, que é definida como a crescente dimensão das finanças e a sua desvinculação de suas antigas funções e lógica à medida que o motivo especulativo se intensifica. Com a financeirização, o motivo das finanças não mais está ligado ao financiamento da produção e do comércio internacional, mas à acumulação de riqueza, o que, em economias emergentes (EMEs) é feito através de produtos e práticas inovadores, que têm em comum o foco em ganhos com variações cambiais, resultando em um motivo especulativo intensificado. O artigo discute a literatura sobre a financeirização, chamando atenção para como diferentes aspectos de uma economia fechada impactam a esfera internacional. Ele conduz análises empíricas baseadas na integração financeira e nas características dos mercados de câmbio de cada país para avaliar se há presença de financeirização entre as economias emergentes, apontando para um processo mais intenso em algumas delas.
Palavras-chave:
Financeirização; Economia internacional; Economias emergentes; Integração financeira; Mercados cambiais.