Resumo:
O ensaio aborda a relação entre experiência de linguagem e imaginação poética a partir das reflexões de Agamben, Merleau-Ponty e Bachelard como estratégia para tensionar o problema da descontinuidade temporal que tece a alteridade linguageira dos encontros entre crianças pequenas e adultos. Reivindica a compreensão pedagógica de que é interagindo poeticamente com o mundo, desencadeando tempos de presença e assumindo tentativas de plasmar sentidos singulares no coletivo, e não dele distanciando-se analiticamente, que podemos perseguir a linguagem como gesto desvinculado de qualquer instrumentalidade. A questão pedagógica que emerge não é a da liberdade enraizada no individuo, mas a do viver juntos.
Palavras-chave: Infância; Experiência da Linguagem; Imaginação; Poético