Resumo:
Este artigo analisa o papel social da educação como condicionalidade dos programas sociais brasileiros. A abordagem centra-se na elaboração e no desenvolvimento das políticas sociais de transferência condicionada de renda no Brasil e explicita sob quais argumentos morais, políticos e culturais o acesso ao ensino formal foi elevado à centralidade das ações de combate à pobreza. Nota-se que a educação como condicionalidade atua no convencimento acerca de expectativas de mobilidade social entre os sujeitos atendidos pelos programas frente às baixas condições materiais de vida. Desta forma, a educação compõe argumento de legitimação para a transferência de dinheiro, ofuscando tensões e antagonismos entre classes.
Palavras-chave:
Educação; Programa Bolsa Família; Condicionalidades