RESUMO
O artigo problematiza a operação de estratégias bio/ecopolíticas que mobiliza a segurança e o conceito de gênero para a regulação das populações. Essas estratégias presentes no tecido documental de programas globais de duas autoridades internacionais – União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – operam para a segurança de um futuro sustentável do planeta. A partir das ferramentas da biopolítica de Michel Foucault e da ecopolítica – uma ampliação do conceito foucaultiano com deslocamentos para o nosso tempo histórico – destaca-se a presença das mulheres como populações vulneráveis nos programas ambientais a partir do saber da estatística e da preocupação com o futuro do planeta. Atenta-se para a forma com que as relações de gênero e ambientais são produzidas.
Palavras-chave
Gênero; Desenvolvimento Sustentável; Educação Ambiental