RESUMO
O artigo ocupa-se da primeira condição para a criação e atualização da ideia de pesquisa-docência da diferença inventada por Sandra Corazza, com a qual ela se insurgiu frente ao consenso nacional de que pesquisa só se faz na pós-graduação – gênese do mito que divide a educação em duas castas: de um lado, estão os raros intelectuais que pesquisam e, de outro, concentra-se uma grande massa de professores que somente ensinam. Este texto defende, mostra e exemplifica que a invenção da ideia de pesquisa-docência teve como condição uma relação específica com a língua pedagógica: fazê-la gaguejar, ao inserir nela o procedimento de escrita-esquizo, cujo resultado foi a produção de efeitos dissonantes ao consenso e à ampliação das fronteiras da língua.
Palavras-chave
Sandra Corazza; Pesquisa-Docência da Diferença; Escrita -Esquizo; Deleuze; Guattari