RESUMO:
O artigo reflete sobre a educação superior em meio às lutas protagonizadas pelo Movimento da Educação do Campo, a partir da trajetória do Programa de Apoio às Licenciaturas em Educação do Campo (Procampo) no Brasil e no Estado do Pará. O objetivo foi analisar as dificuldades, os desafios e as expectativas demandadas pelos discentes para a consolidação desse curso, por meio de levantamento documental e pesquisa de campo desenvolvida no Campus de Cametá da Universidade Federal do Pará. Os resultados indicaram como dificuldades: a precarização da infraestrutura no desenvolvimento do curso e a pouca aproximação da universidade com os movimentos sociais; como desafios: a importância de os sujeitos compreenderem e assumirem as especificidades do curso e a auto-organização dos estudantes como requisito para sua consolidação; e como expectativas: a necessidade de uma formação diferenciada das práticas convencionais, com ênfase nas experiências socioculturais, e o reconhecimento institucional e social do curso.
Palavras-chave:
Educação superior; Educação do Campo; Políticas educacionais; Movimentos sociais; Formação de professores