O objetivo deste artigo é mostrar como o campo do currículo, principalmente a partir dos anos 1990, influenciou propostas de mudança na educação brasileira, e como foi perdendo gradativamente essa influência. Argumenta-se que, hoje, a parcela da produção que sofre a influência de algumas vertentes dos estudos culturais não mais oferece contribuições efetivas para a prática pedagógica das escolas. O artigo está dividido em duas partes. A primeira mostra como, sob a influência das teorias críticas, a produção no campo do currículo teve grande repercussão nas propostas das reformas educacionais, durante a década de 1990. Na segunda parte, com base em Terry Eagleton, é feita uma crítica à vertente dos estudos culturais que trabalha dentro de um referencial pós-modernista. Nesse contexto, é discutida a razão de os estudos curriculares, que se introduzem dentro dessa orientação, estarem oferecendo poucas contribuições para o currículo escolar.
Produção Curricular Crítica; Pós-Modernismo e Currículo; Teoria Curricular e Educação Escolar