Resumo:
O texto busca analisar a construção social de excelência no Colégio Estadual Central de Belo Horizonte, escola pública de referência no ensino secundário de Minas Gerais. Foi contemplado o período entre a implantação da nova sede, em 1956, e a criação de sedes anexas, evento contemporâneo ao fim do regime democrático, em 1964. Tais acontecimentos marcaram uma ruptura com as representações de excelência e liberdade, elementos identitários da instituição. Tendo como fontes dados de matrícula, aprovação e caracterização social dos alunos, jornais de época e entrevistas com ex-alunos e ex-professores, buscou-se analisar como a excelência do ensino e o autogoverno do aluno na gestão da aprendizagem definiram-se como características distintivas da instituição. Para tal foram contemplados: o projeto arquitetônico, desenvolvido por Oscar Niemeyer, a origem social e capital cultural dos alunos, o rigor dos processos seletivos e avaliativos, a excelência de ensino e formação, práticas de sociabilidade e ação política.
Palavras-chave: Ensino Secundário; Excelência; Autogoverno; História