A obra PESQUISA-EDUCAÇÃO. Mediações para a transformação social é um livro escrito “a várias mãos”, motivado a partir da trajetória e da experiência do grupo de pesquisa Mediações Pedagógicas e Cidadania, coordenado por Danilo R. Streck, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Tal obra compartilha diferentes experiências com pesquisas participantes e nos proporciona diferentes reflexões sobre mediações educativas e pedagógicas. Conforme Moretti, Streck e Adams (2017, p. 19), “este livro nasceu, entre outras razões, para registrar memórias de práticas de investigação e formação do grupo de pesquisa cuja centralidade se encontra na práxis da pesquisa e educação”.
Os/a organizadores/a ressaltam que, no processo de mediação, é central a relação dialética entre a prática e a teoria, e que a práxis, na relação com as mediações, “implica nova postura diante da realidade e ação coerente com um engajamento na luta pela transformação da realidade local, na relação com o contexto mais amplo (regional, nacional, internacional)” (ADAMS; STRECK; MORETTI, 2017, p. 10). A organização da obra é considerada também uma “mediação entre educadores e educadoras, e destes e destas com o seu mundo” (ADAMS; STRECK; MORETTI, 2017, p. 11).
A obra conta com um prefácio de Maria Teresa Esteban, professora da Universidade Federal Fluminense-UFF, que nos provoca a pensar: “Quantos desafios se colocam ao nosso encontro com o outro, conosco, com nossos (des)caminhos? De que silêncios são feitas nossas histórias e de quantas vozes precisamos para (re) escrevê-las e (re) contá-las como nossa pronúncia do mundo?” (ESTEBAN, 2017, p. 11).
Na introdução do livro, a organizadora e os organizadores esclarecem que o conteúdo dos escritos “reflete o desejo de trocar uma experiência de pesquisa participativa e compartilhada que sempre buscou articular rigorosidade metódica com boniteza, compromisso ético e solidariedade com as organizações sociais e populares que lutam por essa transformação” (MORETTI; STRECK; ADAMS, 2017, p. 22). Além disso, apresentam suas trajetórias e esclarecem que os dezesseis capítulos “dialogam com bases pedagógicas, sociológicas, ontológicas e epistemológicas de pensadoras e pensadores engajados no movimento de libertação dos povos do Sul global (América Latina, Caribe e África)” (MORETTI; STRECK; ADAMS, 2017, p. 19).
Os capítulos estão distribuídos em duas partes: (1) “Pesquisa-Educação: experiências mediadoras” e (2) “Mediações pedagógicas e educativas: diálogos e teorizações”. Na primeira parte, os textos interagem com a categoria “mediação” a partir de pesquisas diversas temática e empiricamente, e dialogam com outros conceitos, como, por exemplo, a experiência, a participação, a emancipação, mulher, comunicação, tecnologias. Na segunda parte, os textos buscam teorizar sobre a prática educativa e investigativa do grupo de pesquisa, abordando e relacionando “mediações” na educação, na pedagogia e na pesquisa. Pensando na estrutura dessas partes, e por se tratar de uma resenha crítica, optou-se por organizar-agrupar os capítulos por problematizações afins, visto que se trata de uma obra densa, que, mesmo que todos os artigos se proponham a problematizar a categoria mediação, eles abrem diversas discussões e abordam outras categorias.
O primeiro bloco se inicia com o artigo intitulado Mediações Pedagógicas e Pesquisa: Registros de práticas e construções participativas, escrito por Danilo R. Streck e Telmo Adams, que apresentam a trajetória, as práticas e os processos participativos de pesquisas realizadas desde 1998, bem como eventos científicos (congresso, fórum, simpósio), publicações de livros que apontam as concepções epistemológicas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa Mediações Pedagógicas e Cidadania,1 além de apresentarem a importante presença do legado e reinvenção de Freire em diferentes estudos e em especial colaboração com outros grupos de pesquisas. A fim de problematizar o processo de aproximação da categoria “mediação pedagógica”, os autores relatam duas experiências: uma realizada em um centro de educação popular e outra em uma associação de recicladores de resíduos sólidos. Observa-se a contribuição do trabalho até então realizado pelo GP: (1) na internacionalização, tanto no envolvimento de instituições como de pesquisadores/as estrangeiros/as; (2) na realização de seminários, fóruns, simpósios sobre Educação Popular e Pesquisas Participativas; (3) na preocupação com temas locais e globais, com valorização dos contextos sócio-políticos; (4) na presença recorrente dos conceitos de participação e emancipação em seus estudos. Desse modo, é possível compreender a característica comum de seus trabalhos, pois buscam “romper com a dicotomia pesquisador-pesquisado, concebendo ambos como produtores do conhecimento, com suas respectivas contribuições” (ADAMS, STRECK, 2017, p.33).
O segundo capítulo, escrito por Cheron Zanini Moretti e Edla Eggert, intitulado Mulheres, Experiência e Mediação: Encontros Possíveis/Necessários [?] entre a Cidadania e a Pedagogia, problematiza a persistente invisibilidade das experiências de mulheres. O texto trata de uma denúncia na medida em que as autoras reconhecem que “a exclusão das mulheres na história não se deu por esquecimento”, e relatam que “ainda” não encontraram na pauta dos processos educativos de qualquer ciclo geracional a cidadania construída por meio da experiência das mulheres, apontando que o ponto de partida é a prática social de si mesmas, pois entendem que “o despertar da/para a cidadania ocorre nas experiências das mulheres e na sua relação com os processos históricos” (MORETTI; EGGERT, 2017, p. 46). Assim, a partir da crítica patriarcal, o artigo denuncia: (1) uma das facetas da cidadania - a experiência negada que faz com que as mulheres fiquem invisíveis e que as suas experiências históricas sejam mantidas ausentes; (2) a “experiência ausente” das mulheres; e, (3) a relativa autonomia das mulheres.
Ao problematizar “experiência” como uma categoria de análise, as autoras apresentam algumas problematizações sobre o despertar da cidadania pela experiência das mulheres no Orçamento Participativo (OP) e relacionam “mulheres, experiências e mediação”, destacando a protagonista feminista Olympe de Gouges.2 As autoras nos incentivam a pensar sobre o que é ser mulher no mundo capitalista-colonial-patriarcal, ao tentar responder: “O que significa despertar para a cidadania no contexto da experiência das mulheres?”. Além disso, Moretti e Eggert (2017) alertam sobre “o risco das generalizações das experiências”, mas também questionam sobre qual experiência importa para as mulheres.
Danilo Streck, Paloma de Freitas Daudt e Leonardo Camargo Lodi, escreveram o artigo intitulado O Orçamento Participativo como mediação pedagógica para a formação da cidadania: Entre potencialidades e ‘desperdício da experiência. Em diálogo com o conceito de mediação pedagógica, o texto apresenta o contexto histórico do Orçamento Participativo (OP), relatando a experiência pioneira introduzida na cidade de Porto Alegre. Principalmente o período de 2011-2014 é analisado, mas também no período de 1999-2002, é valorizada a participação no processo investigativo, pensando nas possibilidades educativas do OP, problematizando e apresentando aspectos relacionados ao diálogo, participação, mobilização e conhecimento, não deixando de mostrar algumas dificuldades encontradas com a pesquisa, e nem de enfatizar que o mesmo é um potente espaço de participação popular, um meio para impulsionar a cidadania. Luciane Rocha Ferreira e Telmo Adams discorrem sobre características e condições das mediações educativas e pedagógicas da Economia Solidária (EcoSol), evidenciando as contribuições da Educação Popular e as especificidades do trabalho associado como princípio educativo nesse processo. O artigo também compartilha algumas reflexões sobre as práticas educativas e pedagógicas do Centro de Formação em Economia Solidária da região sul do Brasil (CFES), buscando compreender como as mediações podem ocorrer na prática do processo de formação. Apresenta, ainda, os objetivos e as características da EcoSol, situando a questão do trabalho e a economia popular, problematizando, dentre outras questões, o bem estar e os limites da viabilização dessa outra economia, diferenciando cultura do trabalho e cultura do capital. Os autores também ressaltam a importância da “ressignificação e construção da Educação Popular nos espaços da EcoSol, potencializando espaços de mediações educativas e mediações pedagógicas” (FERREIRA; ADAMS, 2017, p. 99).
Duilio Castro Miles, em seu artigo Educação, Economia solidária e Emancipação Social: Mediações intrínsecas e extrínsecas, afirma que “há uma ligação estreita entre a educação e o trabalho, ou entre as mediações educativas e a economia solidária” (MILES, 2017, p. 101). O texto problematiza as práticas autogestionadas, as mediações educativas e enfatiza a educação solidária, que aplica os princípios da educação popular.
Ana Maria Formoso escreve sobre Mediações Pedagógicas de Perspectiva Socioambiental no Trabalho associado. A autora retoma a dimensão ético-política da Educação, ressalta a importância dos diálogos entre os Movimentos sociais e as Universidades, além de outros temas como: autogestão de mulheres, espaço, tempo nos processos de autogestão, respeito ao tempo, sensibilidade socioambiental, ecopedagogia, geração de renda. Ressaltando a importância do diálogo do espaço acadêmico com outros conhecimentos, nos leva a pensar, entre outras questões, sobre quais são as mediações pedagógicas, na perspectiva socioambiental, que se encontram na Cooperativa. Qual a importância do espaço acadêmico como mediação com os movimentos sociais? Como se produz um aprendizado coletivo e processual?
Vera Regina Schmitz escreve sobre Mediações Educativas e Comunicação no Trabalho Associado, com o objetivo de refletir sobre as mediações educativas e a comunicação na economia solidária, a partir de um estudo que foi realizado junto à Cooperativa de Produção Cristo Rei (Cooperei), fruto de uma tese de doutoramento defendida em 2009, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos. À autora interessa refletir sobre mediação como lugar de produção de sentido, que se dá por meio dos processos comunicacionais, numa perspectiva em que a comunicação é mediação e não mero instrumento de comunicação.
A fim de realizar uma análise da ação educativa, identificando as formas de mediação pedagógica de três ONGs, Dinora Tereza Zucchetti e Karine Santos refletem sobre A Mediação na Ação Educativa de Organizações não Governamentais, entendendo as mediações pedagógicas como um elemento intermediário, como uma possibilidade crítica de desvendamento do profundo jogo de forças presentes no cotidiano, reveladoras de sentidos e significados que contribuem para a compreensão das ações educativas propostas por Organizações Não Governamentais (ONGs). O texto problematiza as contradições e as relações entre ONGs e os objetivos das políticas nacionais, além do trabalho coletivo e a capacidade de transformação social dessas organizações. Busca também compreender quais são as mediações pedagógicas presentes nas ações educativas de ONGs que atendem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Trata-se de um texto carregado de esperança e expectativas com relação ao estreitamento de laços entre as ONGs e as comunidades e, mesmo que as autoras apontem as incoerências entre o que as ONGs pretendem nos seus PPPs e o que realmente conseguem fazer, elas se mostram esperançosas com relação às mediações pedagógicas, que essas tenham como base a solidariedade e os saberes populares.
Nessa obra, Carla Beatris Valentini, Daniel de Queiroz Lopes e Eliane Schlemmer apresentam alguns de seus projetos e nos mostram que o fenômeno da cibercultura e das diferentes mídias é fundamental para pensarmos as mediações pedagógicas. À medida que se referem às dificuldades de professores/as, em Mediações Pedagógicas e Tecnologias digitais, fazem considerações sobre como o tema da mediação pedagógica tem sido deixado de ser tratado no contexto das tecnologias digitais, levando o leitor a refletir sobre o/a professor/a-propositor/a. Os autores consideram, ainda, que as mídias, enquanto tecnologias, estariam esvaziadas de sentido, se não fossem as mensagens que transportam. Dentre outros temas, discorrem sobre a curadoria como possibilidade de mediação pedagógica, automatização das aprendizagens, “professor/a-facilitador/a”, “educação emancipadora”, autonomia, hierarquia, ressaltando que a partir dos anos 2000, com a criação e popularização da internet, o tema da mediação pedagógica, vinculado com as tecnologias digitais, adquire novos status e campus de discussão, ganhando força a ideia de aprendizagem mediada pelas tecnologias digitais, devido à ampliação do espaço comunicacional. O texto nos leva a pensar “como ressignificar a ação docente em tempos de cibercultura, para que a mediação pedagógica seja capaz de desenvolver a autonomia do pensamento em parceria e reciprocidade com o estudante?” (p. 171), deixando a fecunda reflexão: “como a ideia de professor-facilitador e de mediação pedagógica de base construtivista poderia se atualizar no contexto das aprendizagens e da docência na cibercultura” (p. 171), e nos remete a uma quebra de paradigmas, a partir do fato de que não basta “apenas aprender conteúdos curriculares, mas também compreender que a socialização e a comunicação têm demarcado um modo de aprender em tempos de cibercultura”.
A segunda parte da obra se propõe a estabelecer diálogos teóricos acerca de mediações pedagógicas e educativas. O primeiro o texto, Educação, Alteridade e Mediação Pedagógica: Limites e Perspectivas do Conhecimento, de Marcela Goméz Sollano, se propõe a apresentar resultados de algumas das linhas de pesquisa abordadas no marco do projeto “Políticas e reformas educacionais na história recente do México no contexto latino-americano: tensões, formas de articulações e alternativas pedagógicas”, realizado na Universidade Nacional Autônoma do México. A autora faz uma problematização conceitual sobre a mediação e a alteridade e os tipos de mediações necessárias para que seja possível o vínculo entre o/a educador e o/a educando/a, bem como sobre os tipos de saberes que produzem, circulam, apropriam, transmitem e ressignificam, e o papel das instituições educacionais, especialmente a Universidade, frente ao momento histórico que estamos vivendo. A autora pensa a mediação como articulação hegemônica e abre a reflexão, na obra, sobre o reconhecimento da dimensão histórico-social dos processos educacionais e sua carga política. Ela também aponta desafios acerca das humanidades e a questão da diversidade, destacando que a política, a pedagogia e a filosofia ampliam seus horizontes quando olham para as práticas culturais que subvertem a ordem discursiva que busca regular e controlar. Ressalta, ainda, a pertinência de certas perspectivas teórico-metodológicas para pensar o momento histórico que vivemos, as mediações que produzem, bem como o tipo de sujeitos sujeitas que se formam, e por fim, nos convida a dialogar sobre mediação e alteridade, e ressalta a importância de pensar a centralidade que a linguagem tem como mediação, e sua força política.
No texto intitulado Mediações Pedagógicas e (des)colonialidade: a contribuição de Fanon, Fals Borda e Freire, Cheron Z. Moretti e Telmo Adams problematizam o pensamento (des)colonial crítico, e esclarecem a compreensão política e pedagógica com a qual se identificam quanto ao termo (des)colonial. O leitor é presenteado com três excertos desses autores, reconhecidos como precursores do pensamento (des) colonial crítico, os quais dialogam entre si e nos conduzem a pensar sobre a descolonização do pensamento, da cultura e dos povos da América Latina. A fim de refletir sobre as mediações educativas e pedagógicas, esses pensamentos são caracterizados a partir das reflexões e elaborações coletivas realizadas no grupo Mediações Pedagógicas e Cidadania. Os autores ainda escrevem sobre a pluralidade do termo colonialidade, destacando algumas publicações e pesquisas e algumas concepções, como a de “independência intelectual” (Fals Borda), a “geopolítica da ciência” (Moretti; Adams), o “colonizador-colonizado” (Fanon), e sobre o caráter emancipador na ação contrária e na dialética do processo colonial (Freire). A partir de Boaventura de Sousa Santos, o texto também ressalta a importância de aprender que existe o Sul, de ir para o Sul, a partir do Sul, concluindo que com Freire, Fanon e Fals Borda temos um caminho para enfrentar no nosso “complexo de inferioridade”, coincidindo com a ética da libertação, sem negar, obviamente as contribuições das ciências vindas de outros contextos.
Em Mediações Educativas e Pedagógicas: Uma leitura desde a Pedagogia do Oprimido, Cheron Zanini Moretti e Telmo Adams, ressaltam que se trata de uma pedagogia comprometida com a reflexão sobre a opressão e as suas causas. Eles buscam reiterar o legado e a presença de Paulo Freire por meio de uma leitura das mediações educativas e pedagógicas, desde a perspectiva da tensa relação colonial-descolonial, entendendo como exemplos de mediações educativas e pedagógicas a reflexão do oprimido sobre sua própria opressão, as palavras geradoras e/ou temas geradores como método de formação-investigação sobre uma dada realidade, o diálogo problematizador para a leitura do mundo e a práxis como inserção crítica na realidade.
Caroline Lisian Gasparoni e Telmo Adams escrevem sobre aproximações entre as mediações em Vigotski e Freire, esclarecendo que ambos os autores nos conduzem a compreender a mediação como um processo de relações educativas ou pedagógicas na interação dialética com o meio sociocultural, pois consideram que o ser humano é um(a) sujeito/sujeita inacabado/a. Trata-se de um texto motivado pela pesquisa intitulada Formações Profissionalizantes para Jovens de Periferias Urbanas: Mediações Pedagógicas Emancipadoras?, que destaca as potencialidades emancipatórias dessas mediações em contextos educativos não escolares.
Em Mediação: Bases Filosóficas e Pressupostos Metodológicos, Adriana Regina Sanceverino apresenta algumas fontes filosóficas acerca da categoria mediação e com elas dialoga. A autora sustenta a ideia de que a mediação pedagógica não é qualquer atividade, é uma práxis desenvolvida com uma finalidade. O texto é organizado em duas partes: na primeira, Adriana abordaa categoria mediação nas suas bases filosóficas e pressupostos metodológicos, dialogando com as ideias de Hegel, Marx, Engels, Lukács; na segunda, a autora discorre sobre mediação e educação, dialogando com Marx, e enfocando não só o ato de ensinar-aprender, mas também a ação humanizante. Trata-se de um texto denso e importante que problematiza a categoria trabalho e o ser social.
Em Mediação Pedagógica: algumas produções em Destaque, Carolina Ramos, Marina da Rocha e Telmo Adams ressaltam um crescente número de trabalhos apresentados em eventos, e apresentam um levantamento de teses, dissertações, monografias e alguns artigos que versam sobre o tema.
Por fim, a organizadora e os organizadores escrevem sobre a intencionalidade da obra e trazem algumas reflexões sobre mediações pedagógicas e a Educação Popular. Eles mostram como a expressão “mediação pedagógica” tem sido utilizada para múltiplas finalidades, enfoques e sentidos, apresentam um levantamento bibliográfico que realizaram até 2016 sobre o tema e apontam três perspectivas sob as quais a categoria vem sendo compreendida. Além disso, discorrem sobre o ethos emancipador, terno e democrático presente nas mediações pedagógicas da Educação Popular, bem como sobre a relação dialética entre prática e a teoria, intersubjetividade; ação-reflexão-ação; mediação pedagógica transformadora, e as intencionalidades da mesma, destacando também a dimensão coletiva da mediação, concluindo que pesquisa e educação podem ser mediadoras para a transformação social.
Referência
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1
Cabe destacar que o projeto que deu origem ao nome do grupo, chamava-se “A mediação pedagógica nos processos sociais: análise das implicações do Orçamento” (1998-2001), desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos-UNISINOS/RS Brasil.
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2
Feminista francesa, foi abolicionista e pioneira nas reivindicações dos direitos das mulheres no período da Revolução Francesa. Escreveu a “Declaração dos direitos da Mulher e da Cidadã (1971) e devido ser uma das primeiras e escrever sobre democracia e diretos das Mulheres, e por seus escritos ter tido repercussão na sociedade da época, ela morreu na guilhotina.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
15 Jul 2019 -
Data do Fascículo
2019
Histórico
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Recebido
05 Out 2018 -
Aceito
19 Dez 2018