VASCONCELOS (2018) Paraíba Dissertação |
Analisar a produção e o uso de videoaulas de um curso de Bacharelado em Administração Pública modalidade à distância. |
Pesquisa de campo documental e descritiva. Recurso documental e entrevista semiestruturada |
Postura inadequada diante da câmera; ausência de sincronização de conteúdos do slide em relação à explanação oral; descompasso entre a exposiçãoda informação visual (slides) e a informação oral (fala); gravação realizada em ambiente de cenário empobrecido ou em salas de aula tradicionais, escritórios ou auditórios sem recursos virtuais. Diversas carências: de capacitação do docente para produção de videoaulas; de integração da equipe multidisciplinar; de apoio pedagógico para a produção de videoaulas; de política que sistematize diretrizes institucionais para produção/uso de material instrucional (videoaulas); de infraestrutura física (estúdios inadequados) e de recursos humanos. A produção de videoaulas configura sobrecarga e gera vivências negativas e sentimentos de desamparo, desconforto, frustração, desmotivação e esgotamento físico e mental dos docentes. O resultado é a precarização do EaD, com processos educativos limitados e fragilizados. |
A videoaula pode diminuir as barreiras da relação entre professor e alunos; promover a humanização; favorecer a comunicação e a interação com os alunos e facilitar a aprendizagem em EaD. No entanto a produção de videoaulas precisa ser contemplada na formação inicial e continuada de professores. |
MACHADO(2018) Rio de Janeiro Dissertação |
Investigar as representações sociais da videoaula entre professores e aplicar workshop de treinamento em videoaula |
Questionário aberto |
Relativo a videoaulas, os professores demonstram: desinteresse e resistência à gravação; desconhecimento da prática de produção; dificuldade com a câmera; medo; vergonha; artificialidade; e conflitos identitários como docente de EaD. |
É preciso mudar as representações de professores sobre as videoaulas. |
BARBOSA(2018) Paraná Dissertação |
Compreender a importância da linguagem verbal e não verbal e como ela pode favorecer a comunicação na teleaula. |
Qualitativa: Entrevista Semiestruturada |
Ter sob controle aspectos da aparência e imagem e de linguagem frente às câmeras, tal qual um comunicador: os movimentos, os ritmos, a postura, a gesticulação, o olhar, a expressão facial, a vestimenta, a voz (“comedida e ritmada”), os acessórios, a maquiagem, a vestimenta com suas texturas, padronagem e cores, os cabelos com sua tintura, corte e penteado, dentre outros. |
A aparência, a imagem e a linguagem do professor (expressividade verbal e não verbal) são importantes na teleaula, em vistas a melhorar a comunicação, a interação, a empatia e a aprendizagem dos alunos. |
SILVA JR (2017)Pernambuco Dissertação |
Analisar comoaportes didático-pedagógicos do professor são mobilizados nas videoaulas, considerando a influência da dinâmica do ensino. |
Qualitativa: Estudo de caso - Entrevista com professores e produtores de videoaulas. Observação de videoaulas. Questionário com alunos |
Os professores têm falta de formação e desconhecimento sobre produção de videoaulas e os problemas e dificuldades dizem respeito a aspectos “cinematográficos”: escrita de roteiros; lidar com as câmeras; emprego de linguagem oral e corporal; adequação entre texto, fala e imagem nos slides; negligência de subsídios didáticos (interação com outros recursos, dialogismo e revisão no encerramento). Há, ainda, falta de comunicação e de participação do professor com equipe de pré-produção da videoaula. |
Formação continuada para produção de videoaulas deve englobar roteirização, produção de slides, comunicação, linguagem adequada ao público alvo, linguagem oral e corporal (recursos verbais e não-verbais) e subsídios didáticos. |
PRIULI (2017) São Paulo Dissertação |
Descrever e interpretar um fenômeno/ experiência humana de transposição - adaptação de aula para videoaula |
Qualitativa: Relatos, questionários, conversas hermenêuticas. Estudantes do curso de letras de uma universidade privada |
Estranhamento da voz gravada, pausas na fala, nervosismo, uso da câmera e exposição de si; co-autoria inexistente entre professores e produtores audiovisuais; reprodução de aula tradicional, com empobrecimento da linguagem audiovisual e da produção de sentidos. Lacunas na formação: uso da linguagem audiovisual; adaptação e transposição de linguagens levando em conta a interação na comunicação assíncrona. |
Revisitar o conceito de aula em tempos de hibridização. A formação do professor precisa envolver a apropriação da linguagem audiovisual e das TICs para as narrativas e modos de se expressar em videoaulas. |
CAMPOS (2017)Rio de Janeiro Dissertação |
Identificar fatores que configuram dificuldade na transposição didática (aulas presenciais para videoaulas). |
Qualitativa Estudo de caso. Grupo focal e questionário. Professores de Oficina de Produção de Videoaulas. |
Há pouca familiaridade dos professores com a docência em EaD. As dificuldades englobam: dimensionamento do tempo; compromisso com a qualidade científica da informação; a elaboração do roteiro da videoaula com relação entre texto e ilustrações; ações diante da câmera; uso do teleprompter e movimentação compatível com a fala. |
As ações de formação e de desenvolvimento profissional docente precisam contemplar a docência em EaD, as suas tecnologias de ensino e os efeitos nas videoaulas. |
MEDEIROS (2016) Paraná Dissertação |
Estudar as preferências de alunos e professores com relação a videoaula para identificar requisitos de interface para ferramentas de produção de videoaula. |
Quantitativa Survey. Questionário de múltipla escolha. Análise descritiva e testes estatísticos. Discentes e docentes de cursos técnicos. |
Os professores desconhecem metodologias ou técnicas para produção de videoaulas e têm dificuldade para controlar o tempo, empregar recursos interativos e realizar mudanças na voz que dinamizem a fala. |
A fala do professor interfere na aprendizagem. Fala compassada facilita o entendimento. Jáa fala rápida e entusiasmada, com edição de imagens alternadas de professor e slidefavorecem envolvimento. O uso da voz do professor e a produção de videoaulas devem ser contemplados na formação docente. |
CAMARGO (2012) Minas Gerais Dissertação |
Analisar o processo de capacitação de professores de uma universidade para dominarem a linguagem do vídeo, evidenciando as dificuldades dos docentes. |
Qualitativa. Estudo de caso. Professores em processo de capacitação e treinamento para a gravação de videoaulas. |
Despreparo e dificuldades dos professores englobam: acanhamento, tensão, frieza, desconforto, nervoso e insegurança, domínio da linguagem falada (controle da voz; dicção; pronúncia; concordância; fala coloquial; vícios de linguagem; regionalismo; cacoetes); domínio da expressão corporal (desinibição, movimentos, gestos e expressão facial compatíveis com a fala); cuidados de imagem (higiene de pele, cabelo e barba, cores e estampas das roupas, saias e decotes, maquiagem); domínio de conteúdo (coerência; clareza; e poder de atração e persuasão); domínio da linguagem (roteiro de vídeo, coloquial e acadêmica) e do uso de teleprompter.
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A formação docente deve preparar o professor para atuar em EaD, contemplando ferramentas comunicacionais, tecnologias de informação e linguagem (verbal e não-verbal). |
MAZZEU (2012) São Paulo Dissertação |
Identificar, em videoaulas, os processos que instauram diálogo e estimulam atitude crítica e participativa dos alunos. |
Qualitativa. Estudo de caso. Análise das versões de roteiro da videoaula e descrição reflexiva do produto. Compreensão do conceito de linguagem audiovisual |
A produção de videoaulas que estimulem atitudes críticas, participativas e dialógicas requer do professor: fala clara e direta; adequação do discurso ao formato videoaula; utilização de perguntas; apresentação de ideias, explicações ou proposições conflitantes; pausas retóricas ou dramáticas; dramatizações de temas ou conteúdos; emoção e entonação na fala. |
A EaD requer entendimento de videoaula como um objeto complexo que demanda combinação de linguagens audiovisual e do professor (recursos verbais e vocais). |
MOREIRA (2010) São Paulo Dissertação |
Realizar leitura multirreferencial da intersubjetividade entre docentes, diretor de teleaulas e equipe técnica na construção de teleaulas e curso de capacitação de professores para TV. |
Qualitativa: Pesquisa-ação. Depoimentos e relatos de ocorrências oportunizadas pelo encontro da prática docente com o formato e a técnica televisiva para produção de aulas. Professores e técnicos de audiovisual. |
Os professores apresentam limitações técnicas para a gravação das teleaulas nos padrões de linguagem televisiva, no uso das câmeras, na alternância de movimentos nos planos visuais e os diferentes tipos de enquadramentos e recursos didáticos audiovisuais, nos ruídos comunicacionais e na gestualidade, com movimentos inadequados de mãos, braços, pernas e pés, usados como válvula de escape de ansiedade. As dificuldades são geradoras de ansiedade com desdobramentos de ordem emocional e comportamental. As dificuldades levaram, a direção e a equipe técnica da IES a criar curso de preparação dos professores. |
A formação docente necessita refletir sobre as práticas de EaD. A teleaula pode ser espaço de questionamentos, aprendizagens e desenvolvimento de competências docentes e novas formas de ensinar e aprender com as possibilidades das tecnologias e linguagens comunicacionais. |
MELO (2009) Bahia Dissertação |
Analisar a construção do corpo e da imagem de professores em estúdios de televisão para produção de teleaulas. |
Qualitativa. Estudo de caso. Entrevistas. Professores e Equipe de produção (coordenação e técnicos). |
Uma IES em transição do ensino presencial para a distância, parametrizada pela cultura televisiva, busca a adequação e o pareamento da postura do professor à de um apresentador de telejornal, tornando-o uma celebridade; bem como um alinhamento da teleaula a um produto televisivo a ser consumido pelos alunos. Esse processo produziu efeitos na vida pessoal e transformações no corpo dos professores, que se mostraram abertos a elaborações, modificações e adaptações voltadas para a estética e o aperfeiçoamento técnico da aparência como objetos de consumo, culto e espetáculo da sociedade contemporânea. As transformações envolveram cuidados com vestuário, penteado, pele, maquiagem, hábitos de higiene, dietas e procedimentos clínicos (aplicação de botox e cirurgias plásticas). Os professores estavam em busca de padrões de embelezamento, estética, aperfeiçoamento e revitalização da aparência física e até mesmo da voz do professor, sendo modificada por meio de recursos técnicos. A motivação para as transformações foi reforçada pelos alunos, que passam a tratar os professores como celebridades televisivas, pedindo-lhes autógrafos e fotografias. Os professores vivenciaram sentimentos de estranhamento e idealização, fascínio, glamourização e espetacularização da imagem. |
A EaD é um espaço de constituição e criação imagética-educacional resultante de expressões visuais da sociedade contemporânea, em um processo que valoriza as aparências na inversão das prioridades para o ensino e a formação dos alunos. |