RESUMO:
O presente artigo tem como temática central pensar a instituição escolar e sua relação direta com o Estado. Trata-se de escrutinar sobre tal díade e problematizar as estratégias que são colocadas em operação para que a defesa pela sua obrigatoriedade se torne quase inquestionável no campo educacional. Acompanhado por Friedrich Nietzsche e Michel Foucault, o texto examina as críticas desenvolvidas por esses autores quanto ao par escola-Estado. De Nietzsche, valemo-nos das problematizações a respeito da pequenez que se faz da escola quando da união com o Estado. De Foucault, utilizamos as discussões a respeito do Estado para problematizar o modo como a sua articulação com a escola se tornou um instrumento privilegiado para o fortalecimento de uma governamentalidade. Defendemos que somente é possível pensar problematicamente a escola quando acionamos em nós a crítica ácida à governamentalidade. Cabe recusar o que somos para abrir passagem a outros horizontes de subjetividade, tramados pela resistência ao instituído e às verdades de autoridade.
Palavras-chave:
Escola; Estado; governamentalidade; Friedrich Nietzsche; Michel Foucault