RESUMO:
A pandemia provocada pelo novo coronavírus trouxe uma série de desafios ao ensino superior e à educação como um todo. Resultou no fechamento das atividades nacionalmente, interrompendo o formato tradicional de ensino presencial e forçando professores e alunos a ficarem em casa. Com isso, as instituições de ensino foram compelidas a pensar em formas alternativas para a continuidade do processo de ensino-aprendizagem. Assim, o campo educacional experimentou uma variação significativa com a inclusão das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). Baseando-se no método qualitativo e exploratório, esta pesquisa parte de um universo composto por 283 matérias jornalísticas on-line publicadas nos dois primeiros anos de pandemia que, após seleção, resultou em 27 matérias para análise detalhada. Os resultados da investigação convergem para três conjuntos de domínios principais: (1) aspectos estruturais, (2) aspectos relativos ao corpo docente e (3) ao corpo discente. A análise pormenorizada dos materiais selecionados permitiu a constatação de que as TICs, enquanto ferramentas de suporte deram mais flexibilidade, adaptabilidade e dinamismo ao sistema educativo, permitindo a continuidade do processo de ensino. Embora o uso dessas tecnologias tenha trazido novas e significativas possibilidades para as práticas educativas, sua adoção enfrentou, e ainda enfrenta, diversos desafios relacionados à formação docente, à resistência às mudanças por parte das equipes educativas, às características estruturais das instituições de ensino e à necessidade de motivação dos discentes.
Palavras-chave: Tecnologias da Informação e Comunicação; Ensino a distância; Ensino superior; Covid-19