RESUMO:
O presente artigo tem por objetivo conhecer o lugar que os direitos humanos e a justiça restaurativa têm na história oral de professores que trabalham na rede estadual da cidade de Campinas-SP. Entende-se que a mediação de conflitos depende do modo como os processos restaurativos são acolhidos, planejados e executados. Assim, a partir da história oral de vida desses professores, busca-se neste artigo identificar, nas suas narrativas, como foi realizado o uso da justiça restaurativa no contexto escolar. Autores como Foucault, Larrosa, Veiga-Neto, e Pignatelli ajudaram a problematizar as narrativas dos professores envolvendo as práticas restaurativas, reconhecendo nelas predisposições subjetivas que, sendo exercidas com base nos dispositivos de controle, retroalimentam neste lócus a mesma violência que pretendem arrefecer. Entende-se ser necessário encorajar a agência docente, no sentido de estimular entre os educadores uma reflexão permanente, com vistas a transformar rotinas escolares e a refletir sobre o que pode ser feito nas circunstâncias nas quais atuam, cotidianamente.
Palavras-chave:
Educação em Direitos Humanos; Justiça restaurativa; Violência escolar