RESUMO:
Analisa contornos atribuídos ao civismo no ensino de História no Espírito Santo durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945) e o regime civil-militar (1964-1985). As fontes analisadas compreendem o conjunto de documentos produzidos e/ou que circularam em escolas públicas capixabas. Parte do pensamento de Bloch (2001) e Ginzburg (2002, 2007) para a interrogação das fontes. Das expectativas oficializadas nas prescrições observa-se, por um lado, a intervenção do Estado no que se refere ao ensino de História nas escolas e, por outro, a ênfase ao civismo e patriotismo materializados nesses documentos. Porém, no caso específico das escolas capixabas, há indícios de práticas distintas do prescrito para o Ensino de História, como as críticas dos professores às propostas curriculares, a defesa por um ensino de História reflexivo e instigante, além dos concursos de bolo e aulas de corte e costura, que revelam modos plurais de se pensar e ensinar História em tempos autoritários.
Palavras-chave:
Civismo; Ensino de História; Estado Novo; Ditadura Civil-militar