Neto (2010Neto, R. M. S. 2010. “Impacto do programa Bolsa Família sobre a frequência à escola: estimativas a partir de informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD)”. Bolsa Família 2003-2010: avanços e desafios, v. 2: 53. Castro, J. A.; Modesto, L. (Orgs.). IPEA. Brasília.) |
PNAD |
2004 |
PSM |
Crianças de 7 a 14 anos aumentam, em média, 2.2 e 2.9 p.p. sobre a frequência escolar por estarem em residências contempladas com o PBF. O autor também estima para o Sudeste e encontra resultados de aumento na frequência entre 1,5 e 1,9 p.p.; já as crianças das residências situadas no Nordeste que recebem PBF experimentam um aumento entre 2 e 3 p.p. |
Araújo, Ribeiro e Neder (2010Araújo, G. S., Ribeiro, R. e Neder, H. D. 2010. “Impactos do Programa Bolsa Família sobre o trabalho de crianças e adolescentes residentes na área urbana em 2006”. Revista Economia, v. 11. no. 4: 57-102.) |
PNAD |
2006 |
PSM |
O PBF gera um aumento na proporção de crianças e de adolescentes que somente estudam em 0.8 e 5.3 p.p., respectivamente, e reduz a porcentagem de crianças que não estudam nem trabalham em 0,8 p.p., e os adolescentes em 1,9 p.p.. Quando os efeitos foram separados por gênero, o aumento na proporção de meninas que só estudam e a redução na proporção de meninas que nem estudam nem trabalham é maior do que os meninos, porém, só observado efeito para os meninos que só trabalham: redução de 1,1 p.p.. |
Santarrosa (2011Santarrosa, R. B. 2011. “Impacto das Transferências Condicionadas de Renda sobre a proficiência dos alunos do Ensino Fundamental no Brasil”. Fundação Getúlio Vargas.) |
Prova São Paulo |
2007 e 2009 |
Triplas Diferenças e PSM |
O autor não encontra evidências de efeitos causais do PBF sobre o aprendizado dos beneficiários em língua portuguesa e em matemática. |
Glewwe e Kassouf (2012Glewwe, P. e Kassouf, A. L. 2012. “The impact of the Bolsa Escola/Familia conditional cash transfer program on enrollment, dropout rates and grade promotion in Brazil”. Journal of Development Economics, v. 97, no. 2: 505-517.) |
Censo Escolar |
1998 a 2005 |
Diferença em Diferenças |
Aumento de 5.5% na taxa de matrícula da 1ª à 4ª série e de 6.5% da 5ª à 8ª série, redução de 0.5 e 0.4 pontos percentuais na evasão escolar e aumento na taxa de aprovação de 0.9 e 0.3 pontos percentuais para 1ª à 4ª série e 5ª à 8ª série, respectivamente. |
Ribeiro e Cacciamali (2012Ribeiro, R. e Cacciamali, M. C. 2012. “Impactos do Programa Bolsa-Família sobre os indicadores educacionais”. Revista Economia, v. 13, no. 2: 415-446.) |
PNAD |
2006 |
PSM |
Não há evidências de que o PBF cause efeito sobre a frequência escolar e sobre a distorção idade-série dos beneficiários. |
Amaral e Monteiro (2013Amaral, E. F. L. e Monteiro, V. P. 2013. “Avaliação de impacto das condicionalidades de educação do Programa Bolsa Família (2005 e 2009)”. Dados, v. 56, no. 3: 531-570.) |
AIBF |
2005 e 2009 |
Logit |
A redução em função da faixa de renda das famílias nas análises se situou entre 33% e 57%, em 2005, porém, em 2009 não foram significativos estatisticamente. |
Simões e Sabates (2014Simões, A. A. e Sabates, R. 2014. “The contribution of Bolsa Família to the educational achievement of economically disadvantaged children in Brazil”. International Journal of Educational Development, v. 39: 141-156.) |
Prova Brasil, Censo Escolar, Dados do PBF |
2005 e 2009 |
Diferença em Diferenças |
Os autores estimam o Efeito Médio do Tratamento (ATE) e mostram que aumento de beneficiários do PBF reduz o gap entre as escolas, os resultados escolares têm efeito substituição a partir de tempo e renda per capita transferida do programa. |
Camargo e Pazello (2014Camargo, P. C. e Pazello, E. T. 2014.”Uma análise do efeito do Programa Bolsa Família sobre o desempenho médio das escolas brasileiras”. Economia Aplicada, v. 18, no. 4: 623-640.) |
Prova Brasil, Censo Escolar |
2009 |
Logit com MQO |
Os autores estimam primeiro a probabilidade de os alunos da escola receberem PBF e depois os efeitos da proporção de alunos beneficiários sobre variáveis de notas padronizadas, abandono e aprovação. Os resultados para notas padronizadas e para aprovação não são robustos, porém, os autores encontram uma redução no abandono escolar: um aumento de 1 p.p. reduz em 0,012 p.p. o abandono. |
Reynolds (2015Reynolds, S. A. 2015. “Brazil’s Bolsa Familia: does it work for adolescents and do they work less for it?” Economics of Education Review, v. 46: 23-38.) |
PNAD |
2006-2008 |
Triplas Diferenças |
Aumento de 6.2 p.p. na frequência escolar dos adolescentes com 16 anos de idade, quando contemplados pelo programa. Meninos de 16 anos de zona urbana elevam suas taxas de frequência em 16 p.p., quando beneficiados pelo PBF. Os resultados não mostram efeito do sobre os jovens de 17 anos. |
De Brauw et al. (2015De Brauw, A. et al. 2015. “The impact of Bolsa Família on schooling”. World Development, v. 70: 303-316.) |
AIBF |
2005 e 2009 |
PSM |
Os autores desagregam por gênero os resultados e não observam impactos significativos do PBF sobre os meninos, porém, encontram que o programa é eficaz ao reter as meninas na escola em 8,2 p.p.; também é eficaz ao aumentar a aprovação das meninas beneficiadas em 10,4 p.p. Ao desagregar por área de residência, os autores encontram que os efeitos sobre a retenção na escola e na taxa de aprovação das meninas são significativos apenas na zona rural (15,7 p.p. e 27,9 p.p., respectivamente). |
Chitolina, Foguel e Menezes-Filho (2016Chitolina, L., Foguel, M. N. e Menezes Filho, N. A. 2016. “The impact of the expansion of the Bolsa Família Program on the time allocation of youths and their parents”. Revista Brasileira de Economia, v. 70, no. 2.) |
PNAD |
2006 a 2009 |
Diferenças em Diferenças |
Aumento de 4.7 a 4.9 pontos percentuais na frequência escolar entre adolescentes de 16 anos quando comparados aos de 15 anos. Ao separar por área da residência, o efeito é significativo para jovens de zona rural (9 p.p.), mas não para jovens de zona urbana. Ao testarem para o tipo de ocupação do tempo, os autores encontram que o PBF aumenta em 4,4 p.p. os jovens que trabalham e estudam. Novamente, ao desagregar, o efeito só é significativo para os jovens que estão na zona rural (9,7 p.p.). |