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Tariffs and the textile trade between Brazil and Britain (1808-1860)* * I am grateful to André Villela, Rafael Cariello, Thomas Kang, Kara Dimitruk, and the participants in the Latin American History Seminar of the Institute of Historical Research (University of London) for the helpful comments. This research received financial support from the British Academy Newton Mobility Grant, Application NMG2R2\100176. All remaining errors are mine.

Resumo

O tratado comercial de 1810 com a Grã-Bretanha, em conjunto com a abertura dos portos em 1808, estão entre as mudanças institucionais mais importantes no Brasil durante o século XIX. O tratado de 1810 reduziu as tarifas das manufaturas britânicas enquanto manteve tarifas elevadas na Grã-Bretanha para o açúcar e o café brasileiro. Essas condições são geralmente consideradas como desastrosas para a economia brasileira, embora ainda haja informações quantitativas limitadas sobre o quanto a tarifa afetou a demanda por importações britânicas. Este artigo fornece novas evidências qualitativas e quantitativas sobre a operação e o efeito das tarifas de importação do Brasil durante esse período. A pesquisa demonstra que o efeito das tarifas é diferente do que a literatura tradicional assume. Em primeiro lugar, a instabilidade monetária na década de 1820 e os conflitos sobre a avaliação dos preços dos produtos muitas vezes levaram a tarifa de facto a ser superior aos 15% estabelecidos pelo tratado. Em segundo lugar, mesmo com taxas mais altas, a análise quantitativa demostra que não houve redução nas importações dos produtos têxteis britânicos.

Palavras-Chave:
Tarifas de importação; Tratado comercial; Tecidos ingleses; Brasil

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