A literatura sobre custos de bem estar da inflação assume em geral que famílias compostas por vários membros, com diferentes produtividades na produção do bem de consumo e na função de transação, possam ser modeladas como um único indivíduo representativo. Este trabalho explora as conseqüências de se assumir heterogeneidade entre indivíduos na mesma família. Observam-se impactos sobre a demanda por moeda e, conseqüentemente, sobre os custos de bem-estar da inflação. Mais importante, derivam-se condições de suficiência para que as mensurações de custos de bem-estar que partem do conhecimento da função de demanda por moeda (como em Lucas, 2000)) não sejam afetadas pelo fato de haver heterogeneidade nas famílias (robustez). Por último, demonstra-se que a medida de custo de bem-estar de Bailey (1956) pode ser auferida da medida de equilíbrio geral aqui obtida como uma aproximação de primeira ordem.
inflação; bem-estar; moeda; intradomicílio
