O objetivo deste artigo é analisar a utilização da política educacional no longo prazo como mecanismo para a redução da desigualdade de renda entre famílias de renda baixa, mediana e alta. Se a decisão sobre a política for endogeneizada, de acordo com o teorema do eleitor mediano, os resultados são os seguintes: i) o sistema educacional público para todos, apesar de garantir convergência de renda, produz uma menor taxa de crescimento da renda do eleitor mediano; ii) a combinação público-privado (sistema educacional híbrido) permite uma maior taxa de crescimento da renda do eleitor mediano, no entanto a desigualdade de renda é inerente a este sistema. Como resultado final, o eleitor mediano irá escolher o sistema público-privado, pois o crescimento da sua renda é maior, o que pode explicar a persistência e as diferenças na desigualdade de renda das economias.
educação; desigualdade de renda; crescimento