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Endogenia acadêmica: insights sobre a pesquisa brasileira Artigo extraído da tese de doutorado “O ensino superior no Brasil: contexto atual e mobilidade”, apresentada à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil. Agradecemos à Adriane Santos, Luana Fraga e Matheus Serpa pelo auxílio com a provisão de dados. O presente trabalho contou com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Código de Financiamento 001 e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Código de Financimento 312144-2019-9.

Resumo

Este artigo analisa a endogenia acadêmica nas universidades públicas brasileiras, definida como a prática de recrutamento em que as universidades contratam os seus próprios doutorandos após a conclusão de seus estudos. Nesse sentido, foram utilizados dados dos docentes que atuam em grupos de pesquisa e o número de publicações em periódicos internacionais e nacionais, bem como o número de alunos de doutorado orientados como proxies da produtividade científica e da sobreposição das atividades de ensino e pesquisa. Por meio da aplicação de um modelo binomial negativo logit hurdle, os indivíduos que não são endógenos publicam ao menos um artigo internacional, mais artigos nacionais e possuem menos orientandos de doutorado. Contudo, não é possível afirmar categoricamente que os não endógenos são mais produtivos, uma vez que as diferentes áreas científicas possuem culturas disciplinares e de difusão distintas e o mercado de trabalho acadêmico brasileiro passa por uma fase de transição.

Palavras-Chave
Endogenia acadêmica; Pós-Graduação; Mobilidade; Logit hurdle

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