Resumo
Um único filme pode revelar muito sobre as relações simbióticas entre os setores civis e a ditadura instaurada com o Golpe de 1964. O artigo faz um estudo de caso de Brasil ano 150 , curta-metragem documental de Amaral Netto comemorando o Sesquicentenário da Independência (1972). O objetivo é rastrear um circuito da propaganda oficiosa aglutinado em torno dessa película. O método, do campo história e audiovisual, articula análise fílmica imanente e fontes extrafílmicas sobre a trajetória do objeto, incluindo o arquivamento, a produção, a censura e a circulação. Conclui-se que esse curta-metragem testemunha uma “modernização” da velha cavação cinematográfica para um colaboracionismo audiovisual mais estruturado.
Palavras-chave:
Ditadura; Audiovisual; Cavação; Colaboracionismo; Amaral Netto; Sesquicentenário