Resumo
O artigo contesta um entendimento historiográfico do corporativismo como apêndice da ideologia fascista por meio da análise da elaboração e difusão de culturas corporativas na Grã-Bretanha na primeira metade do século 20. Este estudo propõe-se a destacar, de um lado, a natureza dinâmica do corporativismo, mostrando as diferentes formas - fascistas e não fascistas - que ele assume na cultura inglesa no referido período. De outro lado, o artigo estabelece as conexões com o movimento corporativo europeu e evidencia as particularidades do corporativismo inglês, associando-o com a herança constitucional britânica e, finalmente, mostrando a estreita interligação entre assuntos nacionais e transnacionais.
Palavras-chave:
Corporativismo; Grã-Bretanha; história constitucional britânica; representação dos interesses organizados