Resumo
A criação pornô-erótica do Rio de Janeiro no início do século XX é o tema deste estudo, especificamente, o aparecimento da “cortesã-cronista” na Sans Dessous e da “prostituta-educadora” no Rio Nu — periódicos pornô-eróticos repletos de marcadores de gênero masculinos. Indaga-se sobre as continuidades e transformações instauradas por essas “potências pornô-eróticas” e os significados da autoria feminina sobre leitoras e leitores, numa ordem discursiva masculina. Tais acontecimentos potencializaram deslocamentos e continuidades nas performances de gênero, tendo impacto no social-histórico aqui destacado. Buscamos acompanhar a criação de uma “sensibilidade erótica moderna” e verificar sua presença e efeitos na constituição da modernidade carioca.
Palavras-chave: Pornô-erotismo; Gênero; Modernidade; Imprensa; Rio de Janeiro