Resumo
Este artigo busca compreender o papel do trabalho na condução da política externa brasileira e sua inserção na Organização Internacional do Trabalho (OIT) no período em que Arnaldo Lopes Süssekind ocupou o Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Defendemos que a OIT se tornou um problema relevante para a diplomacia brasileira a partir de 1964, como ferramenta para obtenção de legitimidade ao Regime Militar, cuja política sindical era vista com desconfiança pela comunidade internacional, e que o Ministério do Trabalho, articulado com estrategistas trabalhistas estadunidenses, foi lócus privilegiado de elaboração e execução de estratégias de defesa do Estado brasileiro.
Palavras-chave:
Trabalho; Política externa; Organização Internacional do Trabalho; Arnaldo Lopes Süssekind