Objetivo
Identificar as possíveis relações da concentração sérica de ácido úrico com a síndrome metabólica e seus componentes em uma população com risco cardiometabólico.
Métodos
Estudo transversal que incluiu 80 indivíduos (46 mulheres), com média de idade de 48±16 anos, atendidos pelo Programa de Atenção à Saúde Cardiovascular.
Resultados
As prevalências de hiperuricemia e de síndrome metabólica foram 6,3% e 47,1%, respectivamente. A concentração de ácido úrico foi significantemente maior entre os sujeitos com síndrome metabólica (5,1±1,6mg/dL), comparada a daqueles sem a síndrome ou com pré-síndrome (3,9±1,2 e 4,1±1,3mg/dL, respectivamente; p<0,05). A concentração de ácido úrico foi maior entre homens com obesidade abdominal, e entre mulheres com obesidade abdominal, menores concentrações de HDL-c e maior pressão arterial (p<0,05).
Conclusão
As concentrações de ácido úrico foram positivamente relacionadas com a ocorrência de síndrome metabólica, bem como de seus componentes, para os quais foram observadas diferenças entre os sexos. Nossos resultados indicam a importância do ácido úrico como biomarcador em pacientes com risco cardiometabólico.
Ácido úrico; Obesidade abdominal; Doenças metabólicas; Doenças cardiovasculares/metabolismo; Grupos de risco