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Avaliação e recondicionamento de pulmões doados para transplante por meio da perfusão pulmonar ex vivo

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a exequibilidade e o impacto da perfusão pulmonar ex vivo com solução hiperoncótica (Steen Solution) na taxa de utilização desses órgãos no Brasil.

Métodos:

Neste estudo prospectivo, submetemos cinco pulmões considerados de alto risco para o transplante a 4 horas de perfusão pulmonar ex vivo, com avaliação da capacidade de oxigenação pulmonar. Os pulmões de doadores de alto risco foram definidos por critérios específicos, incluindo infiltrado inflamatório, edema pulmonar e pressão parcial de oxigênio arterial inferior a 300mmHg (fração inspirada de oxigênio de 100%).

Resultados:

Durante a reperfusão, a pressão parcial de oxigênio arterial (fração inspirada de oxigênio de 100%) média dos pulmões não sofreu alteração significativa (p=0,315). Na primeira hora, a pressão parcial de oxigênio arterial média foi de 302,7mmHg (±127,66mmHg); na segunda, 214,2mmHg (±94,12mmHg); na terceira, 214,4mmHg (±99,70mmHg); e na quarta, 217,7mmHg (±73,93mmHg). Os níveis plasmáticos de lactato e glicose se mantiveram estáveis ao longo da perfusão, sem diferença estatística na comparação entre os momentos estudados (p=0,216).

Conclusão:

A perfusão pulmonar ex vivo foi reproduzida em nosso centro e garantiu a preservação de pulmões durante o período de estudo, que foi de 4 horas. A técnica não promoveu melhora suficiente para indicação do órgão para o transplante e, portanto, não impactou na taxa de utilização desses órgãos.

Descritores:
Transplante de pulmão; Preservação de órgãos; Morte encefálica

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