RESUMO
Objetivo
Avaliar o impacto da hemodiafiltração venovenosa contínua na microcirculação de pacientes com lesão renal aguda.
Métodos
Estudo piloto, prospectivo e observacional conduzido em uma unidade de terapia intensiva clínico-cirúrgica aberta, com 40 leitos, localizada em um hospital terciário, privado, na cidade de São Paulo (SP), Brasil. A microcirculação foi avaliada empregando-se a espectroscopia no infravermelho próximo, por meio de uma sonda de 15mm posicionada sobre a eminência tenar. O teste de oclusão vascular foi realizado no antebraço a ser submetido à espectroscopia no infravermelho próximo, inflando-se o manguito de um esfigmomanômetro a um valor 30mmHg acima da pressão arterial sistólica. O desfecho primário foi a avaliação dos parâmetros derivados por espectroscopia no infravermelho próximo imediatamente antes, 1, 4 e 24 horas após o início da hemodiafiltração venovenosa contínua.
Resultados
Foram incluídos nove pacientes neste estudo piloto ao longo de 2 meses. A saturação de oxigênio tecidual mínima mensurada durante o teste de oclusão vascular foi o único parâmetro derivado por espectroscopia no infravermelho próximo que diferiu ao longo do tempo, com queda em relação aos valores iniciais nas primeiras 24 horas após o início da hemodiafiltração venovenosa contínua.
Conclusão
A influência da disfunção microcirculatória sobre os desfechos clínicos de pacientes submetidos à hemodiafiltração venovenosa contínua precisa ser melhor investigada.
Espectroscopia de luz próxima ao infravermelho; Microcirculação; Oxigenação; Hemodinâmica; Lesão renal aguda; Terapia de substituição renal; Cuidados críticos