Em relação ao artigo de autoria de Maia et al.,( 11. Maia EC, Savioli FA, Pinheiro SR, Echenique LS, Oliveira Filho JA. Left ventricular noncompaction in a Para athlete. einstein (Sao Paulo). 2019;17(2):eRC4514. )faço os comentários a seguir. Considerando que a não compactação do ventrículo esquerdo (NCVE) é frequentemente associada com doença genética,( 22. Finsterer J. Cardiogenetics, neurogenetics, and pathogenetics of left ventricular hypertrabeculation/noncompaction. Pediatr Cardiol. 2009;30(5):659-81. Review. )membros da família de primeiro grau devem ser examinados para NCVE, disfunção visual e nistagmo. A deficiência e a disfunção visual devem ser específicas, e os resultados do exame de imagem por ressonância magnética cerebral devem ser apresentados.
A NCVE não é congênita em cada caso. A NCVE adquirida tem sido relatada, principalmente em paciente com distúrbios neuromusculares (DNMs), atletas profissionais e gestantes.( 33. Finsterer J, Stöllberger C, Schubert B. Acquired left ventricular noncompaction as a cardiac manifestation of neuromuscular disorders. Scand Cardiovasc J. 2008;42(1):25-30. )As ecocardiografias anteriores devem ser revisadas. Se a NCVE foi adquirida pelo paciente do estudo, um DNM deveria ser levado em consideração, já que o paciente não era gestante e nem atleta profissional.
Deve-se discutir o motivo pelo qual a NCVE não foi detectada na ecocardiografia, mas somente por meio da ressonância magnética cardíaca. Qual foi o critério para diagnosticar NCVE por meio do exame de ressonância magnética cardíaca? Geralmente, a NCVE é associada a realce tardio com gadolínio.( 44. Boban M, Pesa V, Gabric ID, Manola S, Persic V, Antic-Kauzlaric H, et al. Auxiliary diagnostic potential of ventricle geometry and late gadolinium enhancement in left ventricular non-compaction; non-randomized case control study. BMC Cardiovasc Disord. 2017;17(1):286. )Observou-se realce tardio com gadolínio no exame de ressonância magnética?
Possivelmente, o paciente poderia ter se beneficiado se os pontos mencionados fossem abordados.
REFERENCES
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1Maia EC, Savioli FA, Pinheiro SR, Echenique LS, Oliveira Filho JA. Left ventricular noncompaction in a Para athlete. einstein (Sao Paulo). 2019;17(2):eRC4514.
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2Finsterer J. Cardiogenetics, neurogenetics, and pathogenetics of left ventricular hypertrabeculation/noncompaction. Pediatr Cardiol. 2009;30(5):659-81. Review.
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3Finsterer J, Stöllberger C, Schubert B. Acquired left ventricular noncompaction as a cardiac manifestation of neuromuscular disorders. Scand Cardiovasc J. 2008;42(1):25-30.
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4Boban M, Pesa V, Gabric ID, Manola S, Persic V, Antic-Kauzlaric H, et al. Auxiliary diagnostic potential of ventricle geometry and late gadolinium enhancement in left ventricular non-compaction; non-randomized case control study. BMC Cardiovasc Disord. 2017;17(1):286.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
02 Dez 2019 -
Data do Fascículo
2019