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Trajetórias de sucesso

EDITORIAL

Trajetórias de sucesso

A pesquisa científica só termina seu ciclo quando é comunicada a outros cientistas e médicos. De preferência, após ser revisada e publicada. Vale o ditado "publicar ou perecer", ou seja, um trabalho não publicado desaparece!

As revistas científicas existem para abrigar essas pesquisas e facilitar a comunicação entre cientistas e profissionais de saúde. Mas as revistas precisam ser encontradas e lidas, para que sejam transmitidos os resultados e as metodologias científicas.

Uma revista isolada dificilmente conseguirá comunicar uma descoberta, por mais importante que ela seja. Por essa razão, as revistas científicas buscam ser admitidas em bases de dados ou coleções de revistas de acesso fácil e popular para as comunidades científica e médica. Estar nessas bases cria um círculo virtuoso: quanto mais a revista é acessada e está visível, mais ela atrai bons pesquisadores e boas pesquisas. Estas, por sua vez, evidentemente atraem mais leitores e mais acessos.

Em 1997, foi criado um projeto que visava tornar mais visível a produção científica brasileira, via meio eletrônico, que recebeu o nome de Scientific Electronic Library Online (SciELO). Tal projeto foi criado mediante uma parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme)(1). A partir de 2002, o projeto passou a contar com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A SciELO só integra em sua coleção revistas científicas que tenham periodicidade regular, trabalhem com o modelo de revisão por pares e mantenham seu conteúdo totalmente aberto e com acesso gratuito. Hoje, a coleção, que se iniciou em 1998 com 10 revistas brasileiras, conta com 271 periódicos nacionais, embora a coleção tenha também publicações de vários outros países, na maioria ibero-americanos(2).

A SciELO teve um impacto enorme na disseminação das revistas científicas brasileiras. Em 2009, a média mensal de downloads de artigos da biblioteca eletrônica foi de 9 milhões, e o fator de impacto das revistas brasileiras que estão indexadas na SciELO desde o início teve aumento médio de mais 200% no período compreendido entre 1997 e 2008(3). Ou seja, o objetivo inicial está sendo efetivamente alcançado.

Na reunião de avaliação do último dia 6 de dezembro de 2011, a einstein passou a integrar a Biblioteca Eletrônica da SciELO, dando um grande passo na disseminação dos trabalhos aí publicados. Já em seu 10º ano de circulação ininterrupta, nossa revista tem qualidades necessárias para fazer parte de um seleto grupo de periódicos sendo reconhecida pela comunidade científica nacional, representada pela SciELO.

A einstein tem publicado artigos de todo o Brasil e também do exterior, mantendo um fluxo contínuo de trabalhos, com taxa de rejeição que supera 50%. A aprovação na SciELO seguramente vai ampliar esse leque e esse fluxo, mostrando que a ideia de criar e manter uma revista científica institucional, porém aberta, em uma Instituição de saúde privada, filantrópica e sem fins lucrativos, é plenamente viável e frutífera.

Claudio Schvarstman

Vice-Presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein

Sidney Glina

Editor responsável

REFERÊNCIAS

  • 1. Meneghini R. Avaliação da produção científica e o Projeto SciELO. Ci Inf (Brasília). 1998;27(2);219-20.
  • 2
    Scielo: Scientific Library Online [Internet]. [citado 2012 Jan 28].Disponível em: http://www.scielo.br/scielo
    » link
  • 3. Packer A. Impacto global do SciELO [Internet]. [citado 2012 Fev 12]. Disponível em: http://www.revistapesquisa.fapesp.br20/08/2009

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Set 2012
  • Data do Fascículo
    Mar 2012
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