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Prevalência de insuficiência renal em pacientes idosos com câncer em um centro de tratamento oncológico

Objetivo

Estimar a prevalência de taxa de filtração glomerular alterada em pacientes idosos diagnosticados com tumores sólidos.

Métodos

Estudo retrospectivo de pacientes com mais de 65 anos de idade, diagnosticados com tumores sólidos entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011 em um centro de tratamento oncológico. Foram coletados dados sobre sexo, idade, creatinina sérica à época do diagnóstico e tipo de tumor. A função renal foi calculada utilizando a versão simplificada da equação MDRD (Modification of Diet in Renal Disease) e depois estratificada de acordo com as diretrizes de prática clínica do Working Group of the National Kidney Foundation.

Resultados

Foram incluídos 666 pacientes, sendo 60% do sexo masculino. A idade mediana foi 74,2 anos (variação de 65 a 99 anos), e os diagnósticos mais prevalentes na população do estudo foram câncer colorretal (24%), de próstata (20%), mama (16%) e pulmão (16%). A prevalência de creatinina sérica elevada (>1,0mg/dL) foi 30%. No entanto, quando os pacientes foram avaliados utilizando a forma abreviada da equação MDRD, 66% tinham uma função renal anormal assim estratificada: 45% em estádio 2, 18% em estádio 3, 3% em estádio 4 e 0,3% em estádio 5.

Conclusão

Até onde sabemos, este foi o primeiro estudo a estimar a frequência de insuficiência renal em pacientes idosos com câncer no Brasil. A prevalência de função renal alterada na coorte estudada foi alta. Como suspeitávamos, o nível absoluto de creatinina subestima a alteração na função renal e não deve ser usado como preditor de metabolismo, excreção e consequente toxicidade dos agentes quimioterápicos.

Insuficiência renal; Idoso; Neoplasias; Prevalência; Taxa de filtração glomerular


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