Resumo
A articulação de uma epistemologia queer permite pensar a textualidade como o lugar de encenação de uma ficção política que questiona os regimes heteronormativos do sexo e do gênero, e propõe uma estratégia de resistência baseada tanto nos corpos e nos prazeres quanto nas políticas de representação e reinvenção das masculinidades e das feminilidades. Busca-se evidenciar as contradições e impasses que emergem nos romances Onde andará Dulce Veiga (1990) e No se lo digas a nadie (1994), particularmente em relação a questões de raça, classe e gênero, bem como as potencialidades e os pontos problemáticos da poética queer como lugar de intervenção cultural, no qual são performativamente projetados novos arranjos de legibilidade social.
Palavras-chave:
literatura latino-americana; poética queer; subversão sexual