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Inespecificidade e política na literatura brasileira recente

Unspecificity and politics in recent Brazilian literature

La inespecificidad y la política en la literatura brasileña reciente

Resumo

“A gente escreve o que ouve e nunca o que houve”, essa frase de Oswald de Andrade, recuperada na epígrafe do livro Delírios de damasco de Veronica Stigger, nos provoca a um redimensionamento do que entendemos das escritas literárias. Do mesmo modo, convoca uma prática de escrita não coincidente consigo mesma. A essa não coincidência, chama-se, aqui nesse texto, inespecificidade, noção da autora Florencia Garramuño, que nos serve de aproximação à leitura do poema “Sessão” de 2017FRANKEL, Roy David (2017). Sessão. São Paulo: Editora Luna Parque., de Roy David Frankel. Esse encontro, que centraliza o debate do texto, traz uma série de provocações às práticas literárias recentes e ao atual cenário político brasileiro figurado desde o golpe de Estado em 2016. O esforço é de tomar as práticas literárias atuais como espaço possível de construção política, sob a forma da impropriedade e da impertinência.

Palavras-chave:
inespecificidade; política; Roy Frankel

Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea, Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB) Programa de Pós-Graduação em Literatura, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Universidade de Brasília , ICC Sul, Ala B, Sobreloja, sala B1-8, Campus Universitário Darcy Ribeiro , CEP 70910-900 – Brasília/DF – Brasil, Tel.: 55 61 3107-7213 - Brasília - DF - Brazil
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