Resumo
O presente artigo objetiva discutir a representação da mulher na obra literária Maréia, de Miriam Alves (2019)ALVES, M. (2019). Maréia. Rio de Janeiro: Malê., como espaço de legitimação das narrativas femininas afro-brasileiras. Tal abordagem evidencia a ocupação de territórios contestados (Dalcastagnè, 2012aDALCASTAGNÈ, R. (2012). Um território contestado: literatura brasileira contemporânea e as novas vozes sociais. Iberic@l, n. 2. Disponível em: https://iberical.sorbonne-universite.fr/wp-content/uploads/2012/03/002-02.pdf. Acesso em: 16 nov. 2022.
https://iberical.sorbonne-universite.fr/...
, 2021bDALCASTAGNÈ, R. (2021). Literatura brasileira contemporânea: um território contestado. Vinhedo: Horizonte, 2021.) no cenário literário nacional como estratégia de representação e de resistência a narrativas hegemônicas quanto a comunidades afro-diaspóricas. Com base na construção de suas personagens femininas, Miriam Alves ocupa o território literário nacional inscrevendo sujeitos comprometidos ética e esteticamente com a ruptura de representações racistas e patriarcais. Nessa perspectiva, o conceito de interseccionalidade será acionado como episteme, segundo o que é proposto por Carla Akotirene (2019)AKOTIRENE, C. (2019). Interseccionalidade. São Paulo: Pólen..
Palavras-chave:
literatura feminina afro-brasileira; interseccionalidade; Miriam Alves; Maréia