Resumo
Este artigo busca reunir e analisar a contribuição de Julio Plaza na construção de duas importantes questões para o entendimento da produção editorial: a noção de “independente” voltada à produção e circulação de livros e o campo teórico e conceitual do livro de artista, visto como produto de certa prática independente de criação. Para tanto, investigamos a produção teórica de Plaza voltada a essa temática, veiculada em revistas e jornais nos anos 1980, assim como a literatura crítica que investiga o campo editorial brasileiro nos dias atuais. Fez-se relevante também abordar os conceitos do livro de artista na tentativa de compreender como o termo vem sendo desenhado em suas linhas teóricas. Notou-se que os livros de artista se mostraram como produtos vinculados a modos independentes de produção, sendo, geralmente, frutos da arte e poesia de vanguarda, onde estava inserido Plaza. Desta forma, compreendeu-se, neste resgate histórico da atuação do artista e teórico no campo editorial brasileiro, que a autopublicação e autoedição foi - e continua sendo - uma maneira de “furar” a bolha da dita “edição sistema”.
Palavras-chave:
autopublicação; Julio Plaza; livro de artista; edição independente