Resumo
Este ensaio apresenta uma leitura do romance A mais longa duração da juventude (2017), do escritor e jornalista Urariano Mota, com foco nas complexas relações entre a tessitura ficcional do presente e a memória da ditadura civil e militar pós-64. Com base em teorias críticas envolvendo as relações entre a memória, a política e a estética (Ricoeur, Assmann, Derrida, Rancière), e em parte da fortuna crítica sobre a ficção brasileira contemporânea e a ditadura civil e militar pós-64 (Seligmann-Silva, Vecchi), o aspecto central abordado neste trabalho é o potencial crítico e criativo do uso da comunidade como resistência em diversos aspectos e elementos da narrativa de Mota.
Palavras-chave:
comunidade; ditadura civil e militar pós-64; ficção; memória